A proposta que reforma a Previdência, e restringe a aposentadoria do trabalhador, foi aprovada nesta terça-feira, 9, na comissão especial da Câmara. A votação do relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA) aconteceu de portas fechadas para evitar que a população se manifestasse contra o projeto.

Na ocasião, os deputados analisaram dez sugestões de mudança no texto-base. Apenas um, que trata de ações judiciais que envolvem acidentes de trabalho, foi aprovado pela comissão. Entre os destaques, os deputados rejeitaram a manutenção do cálculo de contribuição da aposentadoria rural como praticado hoje e a retirada da exigência de 25 anos de contribuição para a aposentadoria no regime geral.

Para o diretor do STIU-DF, José Edmilson da Silva, a reforma da Previdência está longe de ser benéfica para os trabalhadores como divulgada pelo Governo e propagandeada pela grande mídia.

“A alteração da Previdência proposta pelo presidente ilegítimo só traz prejuízos à população. Além disso, a rejeição dos destaques que visavam reduzir os impactos para os trabalhadores mostra a serviço de quem o Congresso está atuando. Só o mercado financeiro e empresários ganham com a mudança no sistema previdenciário”, ressalta Silva.

Ela enfatiza que “já passou a hora dos trabalhadores se engajarem na luta. Se deixarmos que retirem nossos direitos levaremos décadas para recuperarmos”. Ele acrescenta ainda que o Sindicato sozinho não faz luta. “É preciso unidade e participação da classe trabalhadora na luta contra a retirada dos nossos direitos”, disse.

O projeto agora segue para votação no plenário e exige 308 votos para que seja aprovado pela Câmara.