Com o objetivo de debater as reformas trabalhista e previdenciária de Temer, assim como a terceirização e privatizações das empresas públicas, o STIU-DF realizou nesta quinta-feira (16) a Plenária do Sistema Diretivo (PSD). O encontro, que ocorre a cada três meses, é o primeiro de 2017. Participaram do debate as delegadas e delegados sindicais da Eletronorte, Furnas, ONS e CEB, assim como as/os dirigentes da entidade sindical.

O diretor do STIU-DF, Victor Frota, iniciou a Plenária fazendo análise de conjuntura sobre os enormes prejuízos que estão colocados pelo governo Temer. Ao falar de privatizações, ele destacou que não só o setor elétrico está sendo ameaçado, mas também a Petrobras, os Correios, a Infraero, Caixa Econômica e Banco do Brasil. Assim como as áreas de saúde, educação, segurança e saneamento em nível estadual.

“Somente um governo ilegítimo, sem voto, atacaria tanto os direitos da classe trabalhadora com demissões, retirada de direitos históricos, ataques na previdência pública e complementar. E não se trata apenas de algumas categorias, mas de toda a classe trabalhadora. E nós, eletricitários, também teremos sérios prejuízos se essas reformas forem aprovadas pelos deputados e senadores. Por isso precisamos nos unir e ir pra rua, participar dos atos e protestar contra esses ataques”, alertou Victor.

Victor também avaliou de forma positiva o ato realizado no dia 15, que levou mais de um milhão de pessoas às ruas em todo o País contra as reformas trabalhista e previdenciária. “Tivemos um número expressivo de manifestantes no Brasil inteiro, mas precisamos de muito mais”, destacou. “Quanto mais pessoas irem às ruas, mas os deputados e senadores se sentirão pressionados a votar contra as reformas de Temer”, acrescentou.

Ao falar da terceirização, proposta já aprovada no Senado e prestes a ser votada na Câmara, Victor disse que se os projetos 4330/14 e 4302/98 forem aprovados, as atividades fim em todas as áreas no serviço público serão privatizadas. E as consequências serão mais acidentes de trabalho com vítimas fatais, retirada de direitos e salários rebaixados, valor das tarifas mais caras e péssima qualidade na prestação dos serviços à população.

A delegada sindical Maria Conceição Bogdezevicius também destacou a importância da categoria eletricitária participar das ações de luta que estão sendo propostas pelas entidades sindicais contra as reformas de Temer. “A luta é uma só, contra a retirada de direitos. Por isso todas as trabalhadoras e trabalhadores precisam estar atentos com as pautas de discussão, para partirmos de ações teóricas para práticas, com mobilizações na rua, mostrando o nosso descontentamento com toda essa pauta nociva contra os nossos direitos”, avaliou.