Os trabalhadores e trabalhadoras da CEB, por ampla maioria, rejeitaram em assembleia geral deliberativa, realizada na manhã desta segunda-feira (21), a proposta apresentada pela empresa para o ACT 2016/17.

Após a leitura da proposta pelo diretor do STIU-DF, André Luiz, os diretores da entidade sindical consideraram a proposta insuficiente. “Está aquém da pauta de reivindicações que aprovamos aqui em setembro”, destacou o dirigente sindical do STIU-DF, José Edmilson. “Por isso vamos encaminhar pela rejeição”, complementou.

O diretor do STIU-DF, Sidney Lucena, aumentou o tom da crítica e considerou a proposta vergonhosa. Ele também pediu à categoria unidade para que a luta seja vitoriosa. “A entidade sindical é uma ponte entre o trabalhador e a empresa. Nós não somos inimigos, temos que ter consciência disso, aqui somos uma família. O Sindicato não tem poder nenhum de aprovar ou rejeitar nada sozinho, quem faz isso somos nós”, destacou.

Ao rejeitar a proposta da empresa, a categoria também aprovou nova assembleia deliberativa com indicativo de greve para o próximo dia 25. Segundo o diretor do STIU-DF, Ernane Alencar, que conduziu o processo de votação, a entidade sindical retornará à mesa de negociação com a Comissão da CEB.

Informes

Sobre o PCCS, Edmilson destacou que foram aprovadas alterações no plano, que foram propostas pelos trabalhadores, RH e Sindicato, após o problema na aplicação do mérito em 2015. Disse ainda que haverá inversão no pagamento da antiguidade pelo merecimento.

No que diz respeito à PLR, o diretor do STIU-DF, Alairton Gomes, afirmou que as metas foram atualizadas conforme o plano de reestruturação apresentado à Aneel, bem como o novo contrato de concessão renovado.

O diretor de Benefícios da Faceb, João Carlos, desmentiu os boatos de que haveria aumento no plano de saúde. “Fico feliz em receber trabalhadores para prestar informações corretas, pois fui eleito para isso. O que terá é um reajuste que só afeta o plano BD (Benefício Definido) dos trabalhadores antigos, não afeta o plano CD (Contribuição Definida), nem o plano de saúde”, explicou.

João destacou ainda a necessidade de avançar no processo de negociação do colchão da CEB para o plano dos aposentados e pensionistas, que juntos são cerca de 1,5 mil. “Alguns desses companheiros que não estão mais na ativa talvez consigam pagar um plano de saúde privado, mas a grande maioria não tem condições financeiras de arcar com isso”, alertou.