A Eletrobras, uma das maiores geradoras de energia elétrica do mundo, e suas subsidiárias estão prestes a ser entregues ao mercado privado. O “Plano de Reestruturação” divulgado pelo atual presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, é, na verdade, um programa para sucatear e encolher a estatal para justificar a privatização dos seus ativos.

Recentemente, o presidente da estatal disse em entrevista que a Eletrobras, responsável por 34% da capacidade nacional da geração de energia, não é eficiente em nenhuma atividade que opera. No entanto, como sabemos, o capital privado investe apenas para obter lucro. Assim, caem por terra os argumentos da turma “pró-golpe” de ineficiência das empresas públicas. O objetivo é claro: beneficiar um grupo minoritário da elite econômica por meio da nossa soberania, impondo-se, portanto, um ambiente de barganha com baixo custo na aquisição do patrimônio do povo.

A atual crise, além de econômica e política, passa pelo social. Permitir a entrega das empresas públicas do Setor Elétrico ao capital privado e estrangeiro e dar carta branca para o retrocesso na universalização da energia, na soberania e desenvolvimento do País, e, principalmente, a submissão das tarifas ao crivo exclusivo do lucro pelo lucro.

Assim, no dia 11 de outubro, em frente à sede da Eletrobras, no Rio de Janeiro, eletricitários e eletricitárias deram início a uma série de manifestações contra a privatização do sistema Eletrobras. No dia, 18, os trabalhadores e trabalhadoras da Eletrosul fizeram novo ato.

Em Brasília, a nossa manifestação será no dia 27 de outubro, às 10h, em frente ao Ministério de Minas e Energia. E no dia primeiro de novembro é a vez dos eletricitários da Chesf saírem às ruas.

O momento é de luta e resistência, por nossas empresas públicas, nossos empregos e, principalmente, por toda a população brasileira beneficiada com o nosso trabalho em manter o Brasil ligado.  A luta é maior que apenas a privatização das estatais, se trata da retirada de direitos trabalhistas e sociais em todas as esferas, como aponta o governo ilegítimo com a reforma da previdência, a PEC 241, que congela os gastos públicos nas áreas da saúde e educação, a entrega do pré-sal, dentre outras pautas regressivas.

Nós, eletricitários, estamos dentro desse pacote de maldades contra a classe trabalhadora. Para nós, trabalhadores e trabalhadoras, cabe, nesta conjuntura de retrocessos, retomar a unidade, a consciência de classe e a mobilização. É preciso barrar o avanço das forças conversadoras para que o país não volte a ser o Brasil da desigualdade, da fome, do desemprego.

 

 


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