
Contra a privatização do setor elétrico brasileiro, entidades sindicais e movimentos sociais realizaram, nesta terça-feira (12), um grande ato na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto e no Ministério de Minas e Energia.
Alvo da privatização, a distribuidora de energia do Goiás (CELG) teve seu leilão aprovado na reunião dos acionistas da Eletrobras, o que a coloca como a primeira “peça de dominó” de uma perigosa fila de empresas que poderão ter seus ativos entregues ao capital privado. Assim, um dos objetivos do movimento é a retirada da CELG do Plano Nacional de Desestatização, bem como a discussão de uma nova reestruturação do setor elétrico nos moldes do interesse da população brasileira, que promova o desenvolvimento do país.
Para Mauro Rubem, presidente da CUT-GO, não existe desenvolvimento sem a garantia de um insumo básico fundamental como a energia sob o controle do estado. “As empresas que hoje são propriedade da sociedade brasileira devem permanecer assim. Onde houve privatização das estatais do setor elétrico a distribuição de energia é sem qualidade, com elevado custo e não serve ao desenvolvimento regional e local”, destacou.
Rubem disse ainda que os movimentos sindical e sociais estão empenhados para que o governo abra a negociação e paralise as privatizações. Além disso, que haja a discussão de um novo modelo do setor elétrico que tenha compromisso com as necessidades e especificidades das populações locais e regionais.
Nilvani Gonçalves, eletricitária da CELG, ressaltou que a entrega dos ativos da empresa ao capital privado significa o enfraquecimento da organização sindical, demissões e o aumento dos acidentes de trabalho. Ela destaca ainda a perda da soberania nacional.
O movimento sindical aponta como alternativa ao atual modelo do setor elétrico a criação de uma Holding controladora da empresas de distribuição de energia, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Participaram do ato a Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento Camponês Popular (MCP), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Conlutas, STIUEG, STIU-DF, Fisenge, Senge-GO, entre outras entidades.
