A quinta rodada de negociação do ACT dos trabalhadores e trabalhadoras da CEB terminou sem consenso na maior parte das cláusulas negociadas nesta terça-feira (27). A direção da empresa, numa postura inflexível, mantém a retirada de benefícios e insiste na negativa da aplicação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Embora exista consenso em algumas cláusulas, itens fundamentais como reajuste salarial, abono e ganho real se quer foram cogitados pela empresa. A Comissão de Negociação da CEB vem apresentando números sobre a “situação financeira da empresa” com o intuito de imputar ao trabalhador a responsabilidade do pagamento da “fatura” da Companhia.

A direção da empresa está usando, também, a renovação da concessão como subterfúgio para intimidar e acovardar a categoria a lutar pela manutenção dos direitos e avanços nas conquistas. No entanto, conforme publicação no Diário Oficial da União do dia 26, a ANEEL, aprovou minuta com vistas à prorrogação das concessões das distribuidoras de energia elétrica, onde inclui a CEB.

Além disso, a proposta de PLR apresentada expõe a estratégia da empresa para a fragmentação da categoria. A proposta tem como espinha dorsal o EBITDA, índice altamente instável. Ele serve para medir a saúde financeira da empresa, caso o indicador não seja avaliado positivamente, não haverá PLR. Além do mais, a CEB propõe somente 50% do valor da folha distribuída de forma linear. A outra metade será dividida de forma proporcional.

Ressaltamos que a PLR linear é uma conquista histórica dos trabalhadores. Outro ponto de destaque é que o EBITDA pode ser desvalorizado com o intuito de construir argumentos para a privatização.

Destacamos que o momento é de luta, e se o caminho for a greve é preciso que todos estejam unidos e permanentemente mobilizados. Greve não é colônia de férias.

Informamos ainda que, devido à intransigência da direção da CEB em avançar na negociação, o STIU-DF encaminhou no dia 22 passado ofício ao GDF solicitando reunião para tratar de assuntos relacionados à Data-Base e a empresa.