Ato às 10h na Praça do Buriti em repúdio aos calotes e tarifaço do GDF

Em resposta aos crescentes ataques do governo local contra direitos dos trabalhadores do DF e da população, servidores públicos realizam paralisação de 24 horas e ato público, às 10h, em frente ao Palácio do Buriti na próxima quinta-feira (24). Mais de 30 categorias unificadas no Fórum em Defesa do Serviço Público do DF, coordenado pela CUT Brasília, e no Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público estão mobilizadas contra o pacote, que, entre outras medidas, suspende o reajuste salarial do funcionalismo do GDF, aumenta impostos e tarifas de transportes, atingindo mais gravemente a população de menor renda.

A indignação dos servidores com as medidas autoritárias e centralizadoras do GDF cresceu quando Rollemberg chamou dirigentes sindicais separadamente para informar que o GDF não vai pagar os reajustes salariais ao funcionalismo público a partir de setembro. Os aumentos conquistados com muita luta em anos anteriores, inclusive com longas greves e campanhas, serão suspensos neste ano e passarão a valer apenas a partir de 2016. A medida injusta, que agride a lei que prevê e assegura os reajustes, penaliza cerca de 109 mil servidores das áreas de administração pública, saúde e educação do DF.

“O pacote de maldades e a atitude do governador, que convocou as entidades sindicais separadamente com claro objetivo de fragmentar a nossa luta unitária exigem resposta imediata da classe trabalhadora. Mostraremos para o GDF que os trabalhadores estão organizados, unidos e muito bem representados. Não aceitaremos calote disfarçado de ajuste, nem sermos penalizados pela crise que não criamos”, afirma o secretário geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues .

Entenda o caso

Apelidado de pacote de maldades pelas lideranças sindicais, as medidas de ajuste anunciadas pelo GDF preveem, além do calote no reajuste salarial, redução do número de secretarias e administrações regionais, aumento de impostos (IPTU, limpeza pública, ITCD) e das passagens de transporte público, entre outros pontos extremamente nocivos não só para os servidores, mas para toda a população, pois afetam o bolso e prejudicam ainda mais os cambaleantes serviços públicos.

Além do que já foi anunciado, o conjunto de servidores não vinha recebendo desde maio o reajuste do auxílio alimentação, e aposentados passaram a levar calotes no pagamento das licenças-prêmio não gozadas. O funcionalismo também está com o sistema de aposentadoria em risco. O governo encaminhou os Projetos de Lei Complementares- PLC’s 19, 20 e 21, que querem introduzir o sistema previdenciário complementar privado e mudanças no Instituto de Previdência (Iprev) para reduzir a participação dos servidores nas decisões e no controle dos recursos e na gestão.

Confira alguns pontos do pacote de maldades apresentado pelo GDF:

· Redução de 80% para 60% do valor recebido por servidor efetivo com função de segurança;

· Redução de 24 para 16 secretarias;

· Suspensão dos reajustes previstos para o segundo semestre de 2015;

· Suspensão de novos concursos;

· Aumento nas tarifas do transporte público;

· Aumento nas tarifas de IPTU, ICMS (que incide sobre os valores de TV por assinatura, bebidas e cigarros) e outros.

Fonte: www.cutbrasilia.org.br