Mas um em cada três entrevistados (32%) afirmou não acompanhar de forma alguma o trabalho realizado pelos senadores. A pesquisa, divulgada no último mês, ouviu 1.278 pessoas.
As mulheres detêm o menor percentual dos entrevistados que disseram não acompanhar as atividades legislativas. Elas respondem por 36% das negativas, enquanto eles por 28%.
Em relação à escolaridade, à medida que o grau de instrução sobe, cai o índice de pessoas que disseram não verificar as atividades do Senado.
Entre os não alfabetizados, 25% afirmaram seguir o trabalho do Senado, outros 13% o fazem em parte, e 50% não acompanham de nenhuma forma.
Já entre aqueles com ensino superior, apenas 15% disseram não acompanhar as atividades do Senado, 67% afirmaram acompanhar em parte, e 17% disseram seguir continuamente as atividades.
O percentual de entrevistados que disse não acompanhar as atividades legislativas é maior entre os mais novos. Na faixa etária entre 16 a 19 anos chega a 42% o índice de pessoas que não acompanham.
À medida que a faixa etária sobe, cai o percentual de negativas. Entre os entrevistados com 60 anos ou mais, apenas 29% disseram não acompanhar o trabalho dos senadores.
A pesquisa também mostrou que a renda interfere no acompanhamento dos trabalhos no Senado. Entre aqueles que declararam não ter renda, 39% não acompanham nenhuma atividade e apenas 8% afirmaram seguir os trabalhos legislativos.
Entre os entrevistados com renda acima de dez salários mínimos, somente 16% não acompanham as atividades e 24% verificam todos os trabalhos.
Em relação às regiões, o percentual mais alto de pessoas que não acompanham de nenhuma forma o trabalho do Senado está concentrado no Norte do país, onde o índice chega a 36%. Na região Nordeste o percentual é de 34%.
O Sul (23%) tem o menor percentual de pessoas que disseram não acompanhar as atividades. As regiões Centro-Oeste e Sudeste têm, cada uma, 32% de negativas quanto ao acompanhamento dos trabalhos da Casa Legislativa.
Outro destaque da pesquisa é quanto às leis votadas no Senado interferem na vida dos entrevistados. Cerca de 30% afirmaram pouco interferir, outros 17% disseram não interferir em nada, e 50% consideram que as leis interferem muito no dia a dia.
Em relação aos meios de comunicação utilizados para seguir as atividades do Senado, a TV obteve 88% de votos, enquanto a internet, 31%. O veículo menos usado é as revistas, com o percentual de apenas 2%. Os jornais e o rádio obtiveram, respectivamente, 27% e 11% nas entrevistas realizadas.
As pesquisas do DataSenado são feitas por meio de entrevistas por telefone, utilizando o método por amostragem.
A população considerada é a de pessoas com 16 anos ou mais, residentes no Brasil e com acesso a telefone fixo, que pode ser residencial ou comercial. A margem de erro admitida é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
(Fonte: Amanda Costa, site Contas Abertas)