Brasília não é só a capital do País, mas também a cidade das manifestações. Foi assim no impeachment do Collor, em 92, na Marcha dos 100 mil contra o governo FHC, em 99, as jornadas de junho de 2014 por melhorias na saúde, educação e segurança e tantas outras.

Em agosto está prevista mais uma manifestação, a Marcha das Margaridas, a ser realizada nos dias 11 e 12 de agosto. Mulheres de todo o Brasil estarão reunidas na Esplanada dos Ministérios, de forma pacífica, lutando para que o Brasil avance ainda mais no combate à pobreza, no enfrentamento à violência contra as mulheres e na construção de uma sociedade sem preconceitos, sem homofobia e sem intolerância religiosa.

A Marcha das Margaridas já se tornou um evento tradicional em Brasília. Este ano é a 5ª edição. Só que agora ela está diante de uma grande polêmica. A Câmara Legislativa aprovou o PL 572/11, de autoria do deputado distrital Cristiano Araújo (PTB), que proíbe, em determinados horários, a realização de manifestações na capital federal. Esse assunto é tema da TV Urbanitários desta semana, programa que vai ao ar na TV Comunitária de Brasília, no canal 12 da Net. O entrevistado é o presidente da CUT-DF, Rodrigo Britto.

A Constituição garante o direito de se manifestar livremente em espaços públicos, independentemente da hora. No entanto, o autor do projeto defende a livre circulação de veículos.

O projeto foi encaminhado ao governador Rodrigo Rollemberg, que tem a prerrogativa de vetar ou sancionar o texto.

Outras tentativas de regular ou até mesmo proibir manifestações públicas em Brasília já foram feitas. Na última delas, o STF declarou inconstitucional o decreto 20.098/99 do GDF.