Representantes do STIU-DF se reuniram na terça-feira (17) para discutir a conjuntura política e econômica nacional e internacional. O diretor da Telesur no Brasil, Beto Almeida, participou da atividade e afirmou que potencias capitalistas com o apoio da mídia estão agindo na tentativa de desestabilizar governos progressistas da América Latina.

Para Almeida, países como Bolívia, Venezuela e Equador, que adotaram medidas importantes para melhor distribuição de renda e nacionalizaram setores estratégicos para a soberania dos países, incomodaram as grandes potencias capitalistas.

“Um exemplo é a Venezuela que está sendo alvo dessa tentativa de desestabilização. Recentemente os Estados Unidos decretou que o país liderado por Maduro é uma ameaça aos Estados Unidos. A Venezuela não tem nenhuma ação de hostilidade contra aquele país, ela apenas está adotando a sua soberania com o petróleo e eles usam desses recursos para resolver os problemas sociais”, ressalta.

Ele destaca que o Brasil entrou no rol de países que realizaram ações importantes para diminuir a desigualdade social, como a valorização do salário mínimo, e assegurar a soberania do país. “Duas medidas estratégicas é a lei da partilha, que obriga as empresas estrangeiras que venham explorar o petróleo nos estados brasileiros a se associarem à Petrobras. Essa lei protege as riquezas nacionais. A outra decisão foi o fortalecimento e criação do banco dos BRICS, que servirá para o desenvolvimento produtivo dos países participantes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)”, disse Almeida.


Comunicação

Defensor da democratização da comunicação brasileira, Beto Almeida, ressaltou a necessidade de se criar um sistema de comunicação alternativa para contrapor a grande mídia. “Queremos ser a fonte primária da informação e não replicar o discurso dos grandes veículos da mídia. Permitir que a população tenha acesso à informação fora do padrão “globo”. Não podemos ficar esperando que o Congresso, que é controlado pela mídia, faça a democratização da comunicação. É preciso unidade latino-americana para avançar na soberania dos países e unidade dos movimentos sociais e sindicatos para a construção de uma mídia plural e democrática”, conclui.