Os trabalhadores e trabalhadoras dos setores público e privado vão se reunir em novo ato pela reforma política. Entidades sindicais, movimentos sociais e organizações populares participam nesta quarta-feira (04), no auditório Nereu Ramos (Câmara dos Deputados), às 14h, de ato convocado pela CUT em apoio ao Decreto Legislativo 1508/14 que convoca um plebiscito para que a população decida se quer ou não a convocação de uma assembleia nacional constituinte exclusiva para a reforma política.

A assembleia constituinte seria composta por deputados eleitos pelo povo para reformular o Código Eleitoral, prevendo maior participação popular, mais transparência, mais democracia nos partidos, além de garantir o controle social nas eleições. Além disso, punir o caixa dois, proibir a doações de empresas a campanhas políticas e por fim ao troca-troca de partido.

O decreto foi assinado por 181 parlamentares e entregue ao Congresso Nacional em outubro de 2014. Ele propõe que o plebiscito oficial faça a mesma pergunta elaborada no Plebiscito Popular : “Você é favor de uma assembleia nacional constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?

Realizado nacionalmente na Semana da Pátria (de 1° a 7 de setembro), o Plebiscito Popular obteve mais de 7 milhões de assinaturas.

Para a diretora do STIU-DF, Fabiola Antezana, a categoria eletricitária precisa participar desse importante debate. “Só por meio da reformulação da política que o País pode avançar em várias questões. Não há como conseguirmos uma educação, saúde e segurança de qualidade se a correlação de forças políticas no Congresso Nacional está desequilibrada. A classe trabalhadora só vai conseguir avançar se eleger parlamentares que tenham comprometimento com os direitos e garantias dos trabalhadores. Como isso não vem ocorrendo nas últimas eleições, é por isso que estamos retrocedendo”, avalia.