O STIU-DF se solidarizou com os trabalhadores e trabalhadoras da Educação, Saúde, Segurança, vigilantes, rodoviários e terceirizados que estão com os salários de dezembro atrasados, assim como o 13º, férias e horas extras. A entidade sindical dos eletricitários esteve presente em ato realizado em frente ao Buriti, nesta quarta-feira (14).

As categorias estão acampadas em frente à sede administrativa do GDF, esperando uma sinalização do governo para o pagamento dos atrasados. O STIU-DF entende que as reivindicações dos trabalhadores são justas e que sem remuneração é impossível trabalhar.

“Estamos aqui em solidariedade a esses trabalhadores que estão passando por essa situação difícil e lamentável. É injusto e indigno para uma pessoa que trabalha e se dedica à profissão ficar sem salário, férias, 13º e horas extras. Isso não se faz”, defenderam os diretores do STIU-DF, Alairton Gomes e Sidney Lucena, que também é dirigente da CUT.

De acordo com o secretário da Juventude da CUT, Douglas Cunha, o objetivo da manifestação é sensibilizar o GDF se prejudicar a população. “Por outro lado, o governo está tentando criminalizar o movimento. E não está correto em dizer que não foram feitas mobilizações no governo passado. Muito pelo contrário, foi quando fizemos mais greve”, destaca.

O diretor do Sinpro, Samuel Fernandes, aponta que além dos pagamentos que estão em atraso, os professores temporários que rescindiram o contrato não receberam as indenizações. Ele também alerta que o ano letivo está comprometido e que só entram em sala de aula com as pendências quitadas. “Não aceitamos parcelamento”, disse.

Os professores também reclamam da posição unilateral do GDF que mudou sem consultar a categoria o ano letivo. Pelos trabalhadores, as aulas começariam no dia 09/02, mas a data foi alterada para 23/02. “Com isso, o recesso de julho será bem menor e devemos trabalhar até próximo a semana do Natal”, explica Fernandes.

Para a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Antônia Sousa, é humilhante o trabalhador ficar sem salário. “Ficar sem salário é muito difícil, porque temos que pagar água, luz, aluguel, fazer compras e sem dinheiro como vamos fazer”, questiona. “É muita humilhação”, desabafa.

O governo prometeu apresentar um cronograma para o pagamento dos atrasados na próxima sexta-feira (16).