O STIU-DF realizou ao longo desta quinta-feira (27) reunião com a diretoria colegiada da entidade sindical para analisar a conjuntura econômica e social brasileira. Também avaliou a situação política e financeira das empresas do grupo Eletrobras e da CEB.

As lideranças sindicais avaliaram as especulações em torno dos nomes apresentados para o Ministério de Minas e Energia. “Os ministros apresentaram carta de demissão, como é de praxe ao término de cada governo. Mas ainda não sabemos quem será o ministro. Se houver mudanças na pasta, elas podem repercutir nas empresas do setor”, avalia a diretora Fabiola Antezana.

Em relação a CEB, o diretor Ernane Alencar disse que nenhum nome ainda foi apresentado para a Presidência da empresa. “Estamos tentando descobrir isso junto à equipe de transição, mas essa informação ainda não existe”, informou.

Terceirizados

Os diretores informaram que há um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que prevê a saída dos terceirizados da Eletronorte até o fim deste ano. Uma das alternativas para sanar o déficit de empregados, já que muitos saíram no último PID, “seria o retorno dos trabalhadores cessionários que foram anistiados, mas que até hoje não foram realocados na empresa”, defendeu a diretora Teresa Bona.

“Nossa prioridade sempre é o empregado. Mas não temos como descuidar da funcionalidade da empresa, pois se ela deixar de funcionar até sem salário ficamos”, alertou o diretor Cleiton Moreira.

Economia

Sobre a situação econômica brasileira, o economista do Dieese Juliano Musse destacou que um dos grandes desafios da próxima equipe econômica é “resolver a tríade do baixo crescimento, juros elevados e manter a inflação dentro da meta”.

Segundo Musse, a produção do petróleo e a construção civil ajudaram a impulsionar o crescimento de 0,2% da economia no 3º trimestre, “saindo da recessão técnica”. Já o setor de serviços e o consumo das famílias apresentaram queda no período.

A crise mundial, segundo Musse, “não está chegando ao fim”. Isso pode dificultar uma melhoria no crescimento da economia do País. Por outro lado, “o Brasil tem bons mecanismos de resistência à crise, a saber: reservas internacionais em cerca de R$ 380 bilhões de dólares; estoque de petróleo e gás que valem cerca de R$ 5 trilhões; crescimento contínuo da renda das famílias e da massa salarial; dívida pública sob controle e taxa de desemprego relativamente baixa, além de alternativas energéticas variadas.”