Paralisação de 48 horas foi vitoriosa e mostrou a força da categoria

O CNE e a FNU tem pautado sua atuação sempre na perspectiva da unidade de toda a categoria, por entender que um acordo nacional pressupõe ações coletivas, como sempre foi. Quem aposta na divisão dos trabalhadores está fazendo o jogo da direção da empresa. Neste momento não existe situação ou oposição, mas sim a luta de todos por um bom acordo. As diferenças políticas setoriais devem ser resolvidas nas eleições sindicais.

Este é o momento ideal para ações propositivas e não atos isolados e divisionistas que em nada contribuem para a luta. Quem lê os boletins do CNE sabe que a Eletrobras já declarou que não haverá perdas de direitos para os atuais trabalhadores. Esse é o momento de somar forças. Desconfie sempre de quem prega a divisão da categoria.

O governo Dilma tem todas as condições de fechar um acordo justo com os trabalhadores do setor elétrico, basta ter vontade política e entender que o desmonte das empresas será um tiro no próprio pé. Pois, em momentos de crises profundas é o Estado, através das suas empresas públicas, o instrumento capaz de garantir a retomada do crescimento e não as empresas privadas, que ao menor sinal de prejuízo, são as primeiras a abandonarem o barco, exemplos não faltam, como é caso do Grupo Rede.

O Governo Dilma foi eleito com o apoio expressivo da classe trabalhadora, com destaque para os eletricitários, que confiaram no seu compromisso com o fortalecimento das empresas estatais de energia. Apesar de ter tomado uma série de medidas danosas a Holding, fruto da falta de diálogo com o movimento sindical, existe a possibilidade da correção de rumos por parte do Governo Dilma. O primeiro passo seria valorizar os trabalhadores da Eletrobras através de um ACT que reflita a sua importância estratégica para o fortalecimento do País.

A FNU e o CNE estarão presentes na 3ª rodada de negociação, em Brasília, dia 04, como sempre estiveram: abertos para o diálogo. Mas desde que se estabeleça uma discussão verdadeira, sem estratégias e desculpas. O momento exige o compromisso de todos os trabalhadores e da direção do Sistema Eletrobras.  A categoria exige uma definição, ou seja, uma proposta que venha com avanços significativos, pois se as empresas estão em dificuldades como apregoam os gestores, não é por culpa dos trabalhadores e sim devido às medidas tomadas pelo governo Dilma.

Nestas 48 horas de paralisação o empenho de cada trabalhador foi fundamental, pois mostrou que todos estão unidos e caminhando juntos na mesma direção, por um acordo digno, que valorize a categoria. O CNE e a FNU convocam cada companheiro (a) para que continue mobilizado neste dia 04 de julho. Lembre-se: Só conquista quem luta!