Efetivo de trabalhadores e trabalhadoras na CEB é insuficiente para atender demanda dos consumidores no DF, diz diretor do STIU-DF.

O diretor do STIU-DF, Jeová Pereira, concedeu entrevista neste domingo (11) à emissora Rede TV, para falar sobre vários assuntos referentes ao setor elétrico. Em especial a renovação das concessões, a expectativa de greve na CEB, que não ocorreu, o déficit de pessoal para atender a demanda por energia no DF, investimentos e renegociação da dívida da empresa, apagões e o acordo assinado com o Ministério Público para substituição dos terceirizados. Para assistir a entrevista, clique aqui.

De acordo com o diretor do STIU-DF, a quantidade de 1.100 trabalhadores e trabalhadoras da CEB na ativa atualmente é insuficiente para atender a demanda dos consumidores no DF. Segundo ele, o correto seria o mínimo de 2.500 trabalhadores. “Quando entrei na empresa há 23 anos, nós éramos 2 mil e tínhamos menos da metade dos clientes que temos hoje. Agora, temos metade dos trabalhadores que tínhamos antes e mais do dobro de clientes”, disse Jeová.

Sobre a greve que não aconteceu, Jeová destacou que a empresa se esforçou e melhorou a contraproposta anterior e por isso a categoria reavaliou a decisão de paralisar as atividades. “Tivemos um abono de R$ 5 mil, divididos em duas parcelas, sendo uma até o dia 30 de novembro e a segunda, em abril de 2013. Isso para toda a categoria”, disse.

Jeová acrescentou que os trabalhadores e trabalhadoras da CEB também receberão reajuste salarial em torno de 6%, sendo 1% de ganho real e o restante referente à inflação. “Neste caso só vale para este ano. Em 2013 teremos nova negociação salarial”, explica.

Apagões

Perguntado se os apagões estavam associados à falta de tecnologia, falta de equipamentos ou se era algo incontrolável, Jeová destacou que se travava de um somatório de problemas. “Nos últimos anos, tivemos uma retração de quase zero em investimentos no setor e somado a isso, gestões bastante tenebrosas na nossa empresa. Somado a isso, o sistema está envelhecido”, frisou.

O apresentador destacou que a Câmara Legislativa aprovou na semana passada um aporte R$ 176 milhões do GDF para investimentos na CEB.

Fundação de Previdência dos Empregados da CEB

Sobre a Faceb, que começou na década de 70, Jeová foi perguntado se a Fundação atendia a necessidade dos aposentados. “Sim. Nosso plano hoje é equilibrado, ou seja, não tem déficit”, destacou.

Terceirizados

Conforme Jeová, existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2010, em comum acordo entre a CEB e Ministério Público, para substituição dos terceirizados. A partir de 2015, todos deverão ser concursados. “Ainda tem uma parcela deles, mas nós temos um TAC para substituí-los até o final de 2015”, conta.