fnu

A Direção da Eletrobras, numa atitude autoritária, determinou que os(as) trabalhadores(as) compensassem, a partir do dia 3 de setembro, os dias parados em função da greve. Esse comunicado surpreendeu negativamente a categoria e o CNE que, ao tomar conhecimento do fato, enviou imediatamente um ofício para a Holding solicitando reunião para discutir a questão. Essa atitude mostra a falta de compromisso da Eletrobras, que traiu um acordo feito na mesa de negociação de que os dias parados seriam discutidos 60 dias após o fechamento do acordo.

Essa decisão unilateral da direção da Eletrobras em nada contribui para o amadurecimento da relação com a FNU, o CNE e os sindicatos. Pelo contrário, expõe mais uma vez as contradições, a fragilidade e as divisões dentro da sua gestão, pois um segmento sela um acordo com os(as) trabalhadores(as) para, logo em seguida, outro jogar por terra tudo que foi discutido na mesa de negociação, como acontece agora com a discussão dos dias parados.

 O CNE tem a informação de que houve uma pressão muito grande por parte dos diretores das Empresas, principalmente da Chesf e da Eletrosul (de novo) para, inclusive, CORTAR O PONTO. Não podemos nos submeter aos “caprichos” de alguns, que querem ser mais “realistas do que o rei” e se manterem no cargo graças à perseguição e ameaça aos(às) trabalhadores(as). Alguns diretores não aceitam ser contrariados e ainda estão guardando mágoas do processo negocial, quando os(as) trabalhadores(as), dignamente, foram à luta por seus direitos, e agora querem se “vingar”. É lamentável contar com gestores desse quilate no comando das nossas empresas, gestores de mente pequena, subservientes, medíocres – e o que é pior: alguns oriundos do movimento sindical, o que é uma pena.

 A Direção da Eletrobras e das empresas não podem impor medidas unilaterais, sem cumprir o acordado na mesa de negociação. Portanto, a RECOMENDAÇÃO do CNE é para que, em hipótese alguma, os(as) trabalhadores(as) acatem a determinação da Holding sem antes consultar o seu sindicato. O Coletivo Nacional dos Eletricitários estará buscando alternativas para impedir que a categoria seja prejudicada.

 Nossa luta não se encerrara com o fechamento do acordo. Ela é permanente, até porque a atual gestão da Eletrobras tem se mostrado pouco confiável. Não existe coerência e coesão nas suas atitudes. Muitos diretores preferem se esconder do governo, mais preocupados em manterem seus cargos e benesses. Durante a negociação do ACT, muitos se calaram diante da pressão dos órgãos ministeriais, preferindo cumprir o que era determinado, sem questionar; mesmo aqueles com passado no movimento sindical.

 Vamos continuar na luta, cobrando o que foi pactuado na mesa de negociação. O CNE vai continuar exigindo uma reunião de caráter EMERGENCIAL para discutir a questão dos dias de greve. Não vamos aceitar imposições da direção da Eletrobras.
Palavra dada é para ser cumprida.

O CNE ORIENTA TODAS AS ENTIDADES SINDICAIS A REALIZAREM UMA GRANDE ASSEMBLEIA UNIFICADA E PROLONGADA NO DIA 3 DE SETEMBRO, (SEGUNDA- FEIRA), A PARTIR DAS 8 HORAS DA MANHÃ, PARA DARMOS INFORMES, DISCUTIRMOS, AVALIARMOS E DELIBERARMOS SOBRE O RUMO DO PROCESSO.
TODOS(AS) À LUTA.



VISUALIZAR ARQUIVO EM PDF