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A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e entidades representativas do setor elétrico em vários estados da federação se reuniram nesta quinta-feira (19) com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijó, para tratar da greve nacional no setor elétrico. Essa reunião foi importante porque sinalizou que o governo quer retomar as negociações com a categoria, interrompidas no dia 16 passado, com o início da paralisação por tempo indeterminado.


Desde maio os eletricitários buscam entendimento sobre a reposição salarial de 10,73%, mas receberam como proposta apenas 5,1%. Não houve proposta com relação ao abono salarial e cláusulas importantes do ponto de vista estrutural foram deixadas de lado, como a revisão do PCR e um plano de saúde aos aposentados do setor elétrico.


A FNU deixou claro que foram esgotadas todas as tratativas para a negociação e que a Eletrobras não pode antecipar o cenário de renovação das concessões na database de forma tão intransigente. De acordo com o presidente da FNU, Franklin Moreira Gonçalves, a greve está forte e teve uma adesão muito grande nos estados. “Estamos levando essa paralisação com responsabilidade. Não queremos um confronto com o governo. Não é essa a nossa intenção”, disse.


Os dirigentes sindicais presentes cobraram do governo um tratamento digno e igualitário com relação às demais categorias estatais. Desde o ano passado está claro o tratamento diferenciado que é dispensado à categoria eletricitaria. A FNU está buscando a valorização da categoria tendo em vista o papel fundamental que o setor elétrico possui. Não se trata apenas de gerar, transmitir e distribuir energia elétrica, mas sim de agentes de desenvolvimento social e econômico.


A FNU também demonstrou preocupação no tocante das concessões elétricas, cujos contratos expiram em 2015. O receio é como o governo pode impor uma renovação onerosa às empresas e a queda de receita que as mesmas sofrerão, prejudicando não apenas os trabalhadores e trabalhadoras do setor, mas também investimentos necessários para que o sistema elétrico estatal possa continuar a expansão.


Feijó disse que o governo está com disposição para encontrar uma saída viável para o fim da greve no setor elétrico e assumiu o compromisso de levar as reivindicações da categoria ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que deverá assumir o papel de interlocução com o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e o presidente da Eletrobras, José da Costa Neto.


A FNU avalia como positivo o compromisso assumido pela Secretaria Geral da Presidência no sentido de viabilizar a retomada das negociações. Esperamos que a Eletrobras demonstre o mesmo interesse em resolver esta campanha salarial como foi colocado não apenas na Secretaria Geral, mas também no Ministério de Minas e Energia, conforme reunião tida com o Ministro Edson Lobão no dia 18 passado.


 

Assessoria de Imprensa do STIU-DF