Comitê apresentou soluções para reverter redução do volume de água do reservatório
O documento sugere várias ações públicas, começando pela necessária integração de planos e programas, com efetiva fiscalização nas construções quanto à destinação dos sedimentos gerados. Os estudos apresentados no seminário apontam ainda sérios problemas referentes ao planejamento da drenagem urbana no DF e a ausência de mecanismos de fiscalização eficazes sobre a conduta adotada nos canteiros de obras quanto à destinação dos sedimentos produzidos.
Outras sugestões apresentadas pelo Comitê:
– O investimento em estudos ambientais na bacia do Paranoá, por meio da capacitação e atração de profissionais, permitiria a geração de dados robustos, diminuindo o grau de incertezas dos modelos preditivos sobre o assoreamento do lago;
– Organização e democratização de dados e informações referentes à bacia do Paranoá;
– Padronização dos métodos hidrossedimentométricos, permitindo a comparação de dados de diferentes origens;
– Medidas de controle de erosão em áreas rurais, de queimadas, florestamento e reflorestamento, manejo de pastagens, cultivos em faixas, cordões de vegetação permanente, rotação de culturas, canais de escoadouros, bacias de captação e investimentos em programas como “o Produto de Água”;
– Atenção no controle da erosão em áreas urbanas, como a revitalização das margens do lago Paranoá com plantio de mudas nativas, e atenção especial às fases de licenciamento e execução de obras em relação à disposição dos rejeitos e materiais de construção em locais adequados e protegidos contra o escoamento.
Participaram do evento, com apresentação de propostas e sugestões, técnicos e representantes das Secretarias de Meio Ambiente, Obras, Desenvolvimento Urbano; Adasa, Ibram, professores e pesquisadores da UnB e UCB, Ceb, Caesb e representantes de usuários do lago (pesca subaquática, canoagem e embarcações). O documento será encaminhado ao Governo do Distrito Federal.
As regiões mais críticas em termos de assoreamento identificadas no Lago Paranoá são os braços do Riacho Fundo e do Bananal.
(Fonte: Adasa)
