“É difícil imaginar que uma família decida ter mais filhos só porque terá um aumento de R$ 32 em seu orçamento mensal”, afirmou a chefe de Estado na coluna “Conversa com a Presidenta”, que é publicada a cada terça-feira em vários jornais.
O valor de R$ 32 é o que o Governo destina mensalmente a cada criança e adolescente de uma das 13 milhões de famílias com renda inferior a R$ 140.
Até 2014, a presidente propõe expandir essa assistência financeira a outras 17 milhões de pessoas, que de acordo com dados oficiais, estão em uma situação de pobreza extrema.
Críticos defendem que um dos possíveis efeitos desses programas é um aumento exponencial da taxa de natalidade, o que Dilma descartou utilizando dados oficiais.
“Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que a média de filhos por mulher está caindo em todos os segmentos sociais e em todas as regiões do país”, disse. Dilma afirmou que de acordo com os dados esta média vem caindo desde 1970 até chegar a 1,94 em 1994, e defendeu que os programas sociais existem desde 2003.
A presidente também explicou que 40% das quase 17 milhões de pessoas que permanecem abaixo da linha de pobreza são menores de 14 anos e ressaltou que um dos objetivos dos programas sociais é fazer com que essas crianças e adolescentes tenham acesso a saúde e educação de qualidade e uma boa alimentação.
Além disso, ela destacou que as famílias das camadas mais baixas da sociedade só recebem ajuda se as crianças e adolescentes estiverem regularmente matriculados na escola.
“Essa estratégia foi bem sucedida, porque segundo o Ministério da Educação, o índice de crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos que estão fora da escola caiu 36%”, disse a presidente.
(Agência EFE)
