Mais uma vez a gestão da Eletrobras se vale de inverdades para alcançar seu intento de desqualificar as entidades sindicais e desvalorizar a categoria eletricitária! Em seu novo comunicado, Somos Eletrobras Gente n°40, a Direção da Empresa demonstra que vale tudo para alcançar seu intento!
Não é segredo que após a privatização, o quadro técnico contratado antes da mesma passou a ser desprezado por esses “diretores” que aumentaram seus salários em até 600%. Na contramão, retiram direitos e benefícios dos trabalhadores, realizam redução de salários, demitem, descumprem o Acordo Coletivo de Trabalho e Normas Internas, e essas práticas fizeram com que a Empresa batesse recentemente a sua meta de PMSO, que foi comemorada com agentes do mercado.
Se os gestores da Eletrobras leram e assinaram o Código de Ética e Conduta da Empresa, o qual foi de assinatura obrigatória por cada pessoa que hoje se encontra no quadro da Eletrobras, diríamos que estão descumprindo os pilares básicos do Código: valorização da vida, integridade, profissionalismo.
No início das negociações, o pedido de um PDC partiu do CNE e avançou em mesa no decorrer do mês de julho, fruto da mobilização da categoria, que se manteve resistente para melhorar a proposta anteriormente apresentada pela Eletrobras. No decorrer do processo, houve “alguns avanços”, mas nenhum foi concedido voluntariamente pela empresa, todos foram conquistados graças a mobilização dos trabalhadores.
Tratamos apenas como “Avanços”, pois em alguns casos, a Empresa, apesar de concordar com a questão nas reuniões, ao apresentar a redação, a mesma não refletia o que havia sido acordado, um exemplo foi quando a Empresa divulgou aos trabalhadores que o reajuste na parcela de R$ 6.000,00 era apenas para os trabalhadores que recebem até R$ 20.000,00, quando na verdade, consta da ata da reunião do TST, que é para todos. E é por isso que as entidades sindicais não podem realizar assembleias, sem ter a formalização do texto final das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho.
“Desempenho profissional íntegro, com responsabilidade e zelo, baseado em valores sociais, lealdade e respeito mútuo, comprometido com a busca de excelência operacional, a qualidade da alocação de recursos, a disciplina de execução, a cultura de alto desempenho e a criação de valor para os públicos de interesse.” De todo o Código de Ética, talvez este seja o primeiro de tantas outras incoerências praticadas pela Eletrobras.
Em seu movimento unilateral de migração dos Planos de saúde para operadoras de mercado, já temos pessoas assistidas com Home Care sendo notificadas da retirada dos equipamentos. Na migração do CSC, perdemos vários profissionais experientes e temos outros escanteados, para dar lugar aos terceirizados contratados nos últimos meses. No fim, todos perdemos.
A falta de pagamento de inúmeros benefícios Brasil afora demonstra a falta de profissionalismo que hoje se instalou na Eletrobras. Isso sem contar com as inúmeras denúncias que as entidades sindicais têm recebido, como a economia forçada da Empresa em relação ao pagamento do Adicional de Periculosidade, economia burra, pois a conta de irresponsabilidades com esta vai chegar, pois estes gestores estão colocando a vida das pessoas e o sistema elétrico nacional em risco.
Voltando ao ACT, se a Eletrobras estivesse empenhada em negociar, bastava um e-mail para marcar uma rodada de negociação, mas ela se recusa a agendar uma reunião com o CNE. E assim, mais uma vez, com uma comunicação duvidosa, a Eletrobras tenta pressionar os trabalhadores e trabalhadoras para assinar um acordo que beneficia a ela.
Não acredite em tudo que a Empresa diz e escreve. Quem, verdadeiramente, defende a categoria são as entidades sindicais, sendo o combustível destas, a mobilização das bases.
Fiquem atentos(as) aos comunicados e as chamadas de suas entidades. Fake News na Eletrobras NÃO! JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!