No Dia Internacional das Mulheres, comemorado no dia 8 de março, somos convidados a refletir sobre os avanços e os desafios persistentes enfrentados pelas mulheres em todo o mundo. Este ano, sob o lema “Mulheres em defesa da democracia, pela igualdade salarial e contra todos os tipos de violência”, organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), sindicatos e movimentos populares destacam a importância de combater a violência contra as mulheres em todas as suas formas, promovendo a igualdade salarial e a proteção integral da vida das mulheres.

A violência contra as mulheres se manifesta de diversas maneiras, transcendendo o físico e atingindo profundamente o psicológico. No ambiente de trabalho, em particular no setor elétrico, tem-se observado uma prevalência de casos de assédio moral, principalmente direcionados a mulheres. Este tipo de violência, que mina a autoestima e a integridade psicológica, é um grave problema que necessita de atenção urgente.

Além disso, o cerceamento das mulheres em espaços de poder e em posições gerenciais representa outra faceta da violência de gênero, limitando o acesso e a participação feminina em esferas decisórias. Esta barreira não apenas perpetua a desigualdade de gênero, mas também impede que as mulheres contribuam plenamente para o desenvolvimento social e econômico.

Para o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF), o assunto não pode se restringir apenas na conscientização, e muito menos em um dia específico, mas na ação concreta e constante contra o assédio moral no local de trabalho, buscando garantir a segurança, a saúde e a integridade das mulheres em todas as suas dimensões.

O STIU-DF ressalta que a luta pela igualdade salarial é central neste movimento, reconhecendo que a disparidade de renda entre homens e mulheres é um sintoma claro da desvalorização do trabalho feminino e um obstáculo à plena igualdade de gênero. De acordo com dados do IBGE, as mulheres recebem em média um salário 22% menor em comparação com homens que estão na mesma ocupação.

Além disso, a proteção e preservação da vida das mulheres envolvem uma abordagem integrada que considera as múltiplas vulnerabilidades enfrentadas pelas mulheres, seja no trabalho, na saúde ou em situações de risco, que passa pela violência doméstica. A implementação de políticas públicas e a realização de ações efetivas que garantam a integridade das mulheres são fundamentais para avançar na direção de uma sociedade mais justa e igualitária.

O Dia Internacional das Mulheres é uma oportunidade para que as entidades sindicais, os movimentos populares e as instituições públicas renovem o compromisso com a luta pela igualdade de gênero e contra todas as formas de violência contra as mulheres. É um momento no qual toda a sociedade é chamada a contribuir para a construção de um mundo onde a dignidade, o respeito e a vida das mulheres sejam inegociáveis.