Nesta semana, o Coletivo Nacional dos Eletricitários esteve reunido em peso em Brasília. Com representantes de todas as intersindicais, os eletricitários cumpriram agendas com o governo, atos públicos e Audiência no Senado.

Na rua, junto com movimentos populares, o CNE participou da Jornada Nacional de Lutas do Movimento dos Atingidos por Barragens. O evento marcou os dez anos do crime de Mariana (MG) e as denúncias do descaso do poder público e da Vale em todo esse tempo.

Na quarta-feira, os eletricitários consolidados em forças com movimentos populares, fizeram na porta do Palácio do Planalto o Ato Nacional pela Reestatização da Eletrobras. O objetivo foi denunciar a agenda de desmonte do Sistema Eletrobras tocada pela diretoria e conselho da 3G de Lemann e dos riscos que este processo impacta na sociedade e nos trabalhadores.

O caminho apontado para virar esse jogo foi o reforço nas articulações políticas com o STF e a aceleração do julgamento da ADI 7385/23 que discute o poder de voto da União nas Assembleias de Acionistas da Eletrobras. O ato foi um sucesso com manifestações culturais, faixas, discursos e panfletagem.

Ainda na quarta o Coletivo Nacional dos Eletricitários esteve em agenda com a presidenta do Partido dos Trabalhadores Gleisi Hoffmann (PT/PR). Todo o processo de degradação da Eletrobras foi relatado, assim como a necessidade de retomada da Eletrobras para o povo brasileiro. A presidenta ouviu atentamente os presentes e traçou uma estratégia conjunta para os próximos passos.

Nestes dias na capital federal, o CNE cumpriu também agendas com diversos entes do Poder Executivo. Foram reuniões com a Casa Civil, a Secretaria de Relações Institucionais, a Secretaria Geral da Presidência da República, o Ministério de Minas e Energia e a Advocacia Geral da União. Em todas as reuniões foi reforçada a necessidade de priorizar no STF a luta pelo poder de voto da União na Eletrobras para estancar o processo de destruição em curso. Alguns compromissos foram assumidos para fortalecer o propósito.

Dentro do parlamento, o deputado federal Glauber Braga (PSOL/RJ) leu a carta aberta do Coletivo Nacional dos Eletricitários ao Presidente Lula. Com tom de apoio e cobrança, a leitura e panfletagem da carta reverberou intensamente no Congresso Nacional.

Foram feitas também, agendas com deputados e senadores para articulação de votos e tramitação dos PLs 1791 e 1189 que tratam da busca pelo reaproveitamento dos ex-empregados demitidos do grupo Eletrobras em outros órgãos do governo federal.

Por fim, nesta quinta-feira, o CNE se juntou a diversas autoridades para, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, por iniciativa do Senador Paulo Paim (PT/RS), debater os impactos da privatização da Eletrobras para os trabalhadores e os fundos de pensão.

O debate abordou a precarização nas condições de trabalho, as demissões desenfreadas aumentando o risco de colapso no setor elétrico e apagões, as vendas de ativos como a UTE Candiota e o encerramento do CNPJ de Furnas, medidas exclusivas para multiplicar o bônus de diretores e conselheiros e os dividendos dos acionistas. Todos os presentes cobraram prioridade do Governo Lula pela retomada da Eletrobras e a reforma completa da diretoria e do conselho de administração da empresa.

A semana de lutas renovou as esperanças e a cumplicidade do CNE na luta. No fim de novembro será relançada em Brasília a Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional e os eletricitários estarão presentes novamente cobrando ações e denunciando o desmonte da Eletrobras. Sigamos firmes! Só a luta muda a vida!