Na quarta-feira (23), representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e do Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF) estiveram na Câmara dos Deputados para discutir com parlamentares da Casa a reestatização da Eletrobras.

O STIU-DF destaca que o encontro teve como objetivo definir diretrizes para viabilizar no Congresso Nacional o debate da reversão da privatização da Eletrobras.

A entidade sindical entende que mesmo diante da dificuldade que o CNE e trabalhadores vão enfrentar para assegurar uma reestatização, a retomada da Eletrobras como empresa estatal é possível, para isso é fundamental ampliar a mobilização e pressão para que o próximo governo possa avaliar a reversão da privatização da estatal.

Reunião do CNE com o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

Após a realização da reunião, a deputada Erika Kokay (PT-DF) anunciou nas redes sociais a aprovação na Comissão de Trabalho de um requerimento de audiência pública para debater a reestatização da Eletrobras, “um tema fundamental para o Brasil soberano que queremos construir” destacou.

Os dirigentes sindicais conversaram, além da deputada Erika Kokay, com os deputados João Daniel (PT-SE), Celso Pansera (PT-RJ), Carlos Zarattini (PT-SP)e Odair Cunha (PT-MG).

Reestatização no mundo

Desde 2000, ao menos 884 serviços foram reestatizados no mundo. A conta é do TNI (Transnational Institute), centro de estudos em democracia e sustentabilidade sediado na Holanda. As reestatizações aconteceram com destaque em países centrais do capitalismo, como EUA e Alemanha.

Isso ocorreu porque as empresas privadas priorizavam o lucro e os serviços estavam caros e ruins, segundo o TNI. O TNI levantou dados entre 2000 e 2017. Foram registrados casos de serviços públicos essenciais que vão desde fornecimento de água e energia e coleta de lixo até programas habitacionais e funerárias.