O Sindicato dos urbanitários do DF (STIU-DF) sempre defendeu os direitos corporativos dos trabalhadores e trouxe muitas conquistas históricas para a categoria. Além de defender os direitos dos trabalhadores, a entidade sempre participou das grandes lutas do povo brasileiro e sempre se destacou como um sindicato cidadão, pois sempre lutou por uma sociedade justa.

Em nenhum momento da história de lutas do nosso sindicato, a diretoria da entidade sindical deixou de se posicionar politicamente, frente aos problemas da categoria e do povo brasileiro.

É importante destacar que o STIU-DF nunca fez política partidária, mas política sindical. Independentemente da coloração partidária dos diretores das empresas do grupo Eletrobras ou do governo brasileiro, nunca deixamos de agendar reuniões para defender os interesses de nossa categoria, como também nunca deixamos de fazer as críticas necessárias a qualquer governo que as merecesse, bem como fortes greves, seja contra governo de esquerda ou de direita, pois sempre defendemos com muita garra a nossa categoria. Mas para podermos fazer essa defesa é imprescindível fazer política sindical. Avaliar os dois projetos de País em disputa e optar por um que defenda os interesses do povo brasileiro e dos eletricitários, em particular.

Abaixo listamos algumas políticas implementadas pelo governo Bolsonaro, que trouxe grandes prejuízos aos eletricitários do sistema Eletrobras e que a grande maioria da categoria se posicionou contrariamente:

  • Privatização da Eletrobras: O governo Bolsonaro entregou a “preço de banana” a Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina, para o capital privado.
  • Demissões em massa de trabalhadores: O governo Bolsonaro já reduziu o número de trabalhadores de 14.211 para próximo de 12 mil. Agora vai demitir, em pouco mais de 1 (um) ano, cerca de 4.000 trabalhadores do sistema Eletrobras.
  • PDV completamente insuficiente: Além de não valorizar os trabalhadores, oferecendo, no mínimo, um PDV digno, quer desrespeitar o ACT 2022/2024 oferecendo um PDV pior do que o de 2019, o que contraria o acordo vigente.
  • Reestatização da Eletrobras: Bolsonaro privatizou a Eletrobras, portanto é contra a sua reestatização, uma das políticas defendidas pelo movimento sindical e que é bem vista por Lula, candidato a presidência da república.
  • Política de redução de danos: O Governo brasileiro ainda possui 42% das ações da Eletrobras privada e se esse governo tivesse compromisso com os trabalhadores, poderia, no mínimo, reduzir danos aos profissionais da Eletrobras, mas, com certeza, se reeleito, vai aprofundar o “saco de maldades”.
  • Rebaixamento do ACT: Retirada, ao longo do seu governo, cláusulas históricas do ACT conquistadas através de muita luta pelos trabalhadores.
  • Redução do poder aquisitivo dos salários: Durante o governo Bolsonaro, houve uma redução drástica no poder aquisitivo dos salários, pois a reposição salarial foi menor do que a inflação.
  • Adoecimento dos trabalhadores: Devido a política de privatização e demissão de trabalhadores muitos eletricitários foram acometidos de depressão e estão bastante preocupados com seu futuro profissional.

Conheça outros massacres trabalhistas do Governo Bolsonaro contra os trabalhadores

A política trabalhista do Governo Bolsonaro é um desastre, retira direitos e piora a condição de vida dos trabalhadores, principalmente dos mais pobres. Veja alguns exemplos;

  • Arrocho no salário mínimo: No governo Bolsonaro o poder aquisitivo do salário mínimo foi reduzido drasticamente. Através da MP 1.091/2021 exterminou a política de valorização do salário mínimo
  • Alteração das Normas Regulamentadoras (NRs): A alteração das NRs destruiu o controle e a fiscalização do Ministério do Trabalho, resultando em mais doenças, acidentes e mortes.
  • Maldade com viúvas: Reduziu o valor das pensões de viúvas, principalmente das mais pobres, por meio da reforma da Previdência.
  • Retirada de direitos: Através da MP 1.045/2021 retira direitos através da Carteira Verde e Amarela.
  • Trabalho sem carteira assinada: Através da MP 1.099/2021, empresários podem contratar mão de obra barata e sem carteira assinada.
  • Não correção da tabela de Imposto de Renda: prometeu e não cumpriu, prejudicando enormemente os trabalhadores, principalmente os que ganham menos; entre outros.

Além disto não podemos esquecer algumas falas do Bolsonaro, que mostra claramente quem ele realmente é:

  • Maltrata as mulheres:
    1. “Eu não te estupro porque você não merece” – Disse a uma deputada.
    2. “Se fosse patrão, não contrataria mulher, porque mulher engravida” – disse a empresários.
    3. “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, aí no quinto eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”, disse durante a realização de uma live.
  • É desumano:
    1. “tem gente morrendo de covid? E daí, eu não sou coveiro” – disse no auge da pandemia.

Povo humilde comendo osso

Apesar do Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, uma parcela significativa da população brasileira, cerca de 33 milhões de pessoas, passam fome e são obrigados a se alimentarem de ossos.

Nós, trabalhadores do setor elétrico, não podemos aceitar essa situação, que envergonha o País, passivamente, e neste momento crucial de nossa história é necessário dar um basta nesta situação constrangedora.

Apelo aos eletricitários

Trabalhadores e trabalhadoras do sistema Eletrobras, o Brasil precisa resgatar a esperança na reconstrução de um país devastado por um processo de destruição, que nos trouxe de volta a fome, o desemprego, a inflação, o endividamento e o desalento das famílias. E para nós eletricitários, a privatização da Eletrobras nos trouxe grandes preocupações com o nosso futuro profissional e com o sustento de nossas famílias. Nós temos que dar a nossa contribuição para voltar a acreditar na nossa capacidade de mudar os rumos da história e superar a atual crise votando em outro projeto de país.

Nós eletricitários somos uma categoria diferenciada em todos os sentidos. O trabalho que desempenhamos é essencial para o desenvolvimento do país e para a melhoria de qualidade de vida do povo brasileiro. Trabalhamos na maior empresa de energia elétrica da América Latina e, por isto mesmo, temos um padrão de vida superior a grande maioria dos brasileiros, um salário e benefícios sociais compatíveis com a importância dos serviços prestados a sociedade. Por isto, temos que ter a responsabilidade de votar e pedir voto para os nossos familiares e amigos para o projeto de país defendido por Lula e Alckimin, um projeto comprometido com a democracia e a civilização.

Companheiros e companheiras, todos nós eletricitários, sofremos na carne as consequências da política do governo Bolsonaro, estamos sofrendo, ficando doentes e passando noites sem dormir, sem saber o que será de nosso futuro profissional. Temos que dar um basta nesta situação. Não adianta votar em Bolsonaro e exigir que o sindicato evite as demissões programadas, ou no mínimo, melhore o PDV, porque com a reeleição de Bolsonaro isto não será possível. Haverá sim mais demissões e a retirada de mais conquistas do ACT e piora na legislação trabalhista.

Nossa única alternativa é trabalhar para eleger um projeto de país que suspenda imediatamente a política implementada pelo governo Bolsonaro. Eleger o projeto representado por Lula e Alckmin não é fazer política partidária, mas política sindical, como demonstramos neste texto.

NÃO SE ESQUEÇA, VOTO TEM CONSEQUÊNCIA!