A privatização da Eletrobras aconteceu em meio à irregularidades e retrocessos sociais e ambientais para o país e à população brasileira. A entrega da estatal, usada de forma oportuna como moeda de troca por parte do Congresso Nacional, vai inserir 8 GW de termoelétricas a gás em detrimento das demais fontes renováveis, mais sustentáveis e econômicas.

A construção das termoelétricas pode acontecer em potenciais regiões ambientalmente sensíveis e incluem as obras do Linhão de Tucuruí, que passam por terras indígenas dos Waimiri-Atroari sem o devido licenciamento ambiental, além de tornar mais distante a necessária descarbonização da matriz elétrica brasileira, devido ao aumento anual entre 17,5 e 20 milhões de toneladas de CO₂eq durante os 15 anos de operação previstos pela lei que autorizou a venda da Eletrobras.

O gás é um combustível fóssil e sua queima emite gases como metano, um dos vilões do aquecimento global.

Além dos impactos ambientais, a contratação compulsória das usinas termoelétricas podem custar ao Brasil mais de R$ 50 bilhões, apenas no que diz respeito à operação e o valor será cobrado da população brasileira através da conta de luz, que já se encontra em patamares exorbitantes.

Reestatizar a Eletrobras é urgente e necessário para que o Brasil e a população não pague mais essa conta.

Via Salve a Energia.