O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copam) elevou, nesta quarta-feira (20), a taxa básica de juros (Selic) em 0,25%, para 12,5%. A decisão tinha sido antecipada pelo “mercado” e não causou surpresas, mas provocou ampla indignação na sociedade, especialmente entre os trabalhadores. 

As centrais sindicais, por meio de nota, reagiram a mais esta alta da Selic.

“Com esta estratégia de aumentar a taxa Selic sob o argumento de que tal iniciativa mantém a estabilidade da economia, o Copom (Comitê de Política Monetária) agrada o mercado financeiro – principal beneficiado por esta medida”, diz a nota da Força Sindical.

“Ao aumentar para 12,5% a Selic, o Banco Central demonstra mais uma vez sua falta de sintonia em relação aos anseios populares e de parte do empresariado. Mais juros significam menos empregos, menos investimentos produtivos e, diante de um cenário internacional que a cada semana se mostra mais nebuloso, tal decisão coloca em risco o projeto de desenvolvimento necessário para o Brasil”, afirmou a CTB.

“Essa decisão do Copom mostra que a autoridade monetária só tem uma receita, a de manter o Brasil no topo do ranking mundial de juros reais altos, independentemente da conjuntura”, enfatiza nota da UGT. Leia a íntegra da nota da UGT

“O quinto aumento consecutivo da Selic em 2011 é um grave equívoco que está comprometendo o crescimento econômico deste ano, com implicações negativas na geração de emprego e na renda do trabalhador”, critica o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, na nota da CUT.

(Agência DIAP)