Categoria realiza ato na sede da Eletronorte em Brasília.

Há cerca de quatro anos, a privatização da Eletrobras era fato consumado. Graças a nossa luta, determinação e a resiliência da categoria nos trouxeram até este momento. Mesmo com o Governo e a direção da Eletrobras atropelando todo o processo, demonstramos à sociedade como um todo as inconsistências e irregularidades cometidas e que foram expostas pelo voto do ministro Vital do Rêgo no TCU. Apesar de tudo isso, os algozes do patrimônio público teimam em apontar datas para entrega da empresa, aquele aceno aos seus amigos do mercado.

Ao largo do otimismo desses lesa pátria, não ficaremos de braços cruzados e ainda vamos fazer a boa luta em todas as instâncias possíveis parafraseando Raul Seixas na belíssima canção “Tente outra vez” em que afirmava “E não diga que a vitória está perdida/Se é de batalhas que se vive a vida/Tente outra vez…” Lutaremos até o final e jamais ficaremos  de braços cruzados enquanto esse governo comete irregularidades atrás de irregularidades para entregar a maior empresa de energia elétrica da América Latina.

É fundamental que cada trabalhador e cada trabalhadora mantenham-se mobilizados e de cabeça erguida porque somos muito maiores do que eles, porque fomos nós que ajudamos a construir esse sistema que, aliás, é um modelo de perfeição, através da nossa dedicação, entrega, comprometimento e amor para manter o Sistema Eletrobras funcionando a todo vapor.

Cada um de nós está presente em cada residência remota nesse Brasil continental em que o lampião e a lamparina foram substituídos pela energia elétrica através de nossa capacidade de realização e isso ninguém, nunca, irá tirar de nós. Vamos continuar essa luta até que o último capítulo seja escrito e, quem sabe, ao final a sombra dos chacais e dos abutres em fuga seja a última imagem na tela da história deste País, que é nosso, porque fazemos parte daqueles que contribuem para que o espírito da verdadeira nacionalidade não seja perdido.

CAMPANHA SALARIAL – ACT NACIONAL 2022

4ª Rodada de Negociação.

Independentemente da nossa luta contra a privatização, contra esse nefasto processo de entrega ao capital privado da maior empresa de Energia Elétrica da América Latina, precisamos estar atentos à negociação do nosso ACT Nacional, até porque temos que construir um acordo que contemple os anseios e a expectativas dos trabalhadores e trabalhadoras, considerando os cenários advindos dessa dilapidação do patrimônio público.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE, não tem medido esforços para fazer a luta contra a privatização da Eletrobras e ao mesmo tempo participar das negociações do Acordo Coletivo.

Desse modo, nos reunimos com a Eletrobras, ontem, dia 31 de maio, em Brasília, para cobrar uma proposta que de fato possa ser levada aos trabalhadores e trabalhadoras, pois a apresentada até agora, de tão indecorosa, sequer tínhamos condições de apresentar à assembleia.

Nossa expectativa era grande em avançar na rodada de negociação, porém, a Eletrobras trouxe à mesa uma proposta com ressalvas, principalmente em cláusulas que são de extrema importância para a categoria, dentre elas, o quadro de referência e a proposta do reajuste salarial, no qual a empresa coloca condicionantes, que não aceitamos, como a retirada de ações judiciais referentes ao plano de saúde.

A reunião iniciou às 10 horas, após um intervalo foi reiniciado às 14:30, com a presença do Diretor de Sustentabilidade e Gestão, Luiz Augusto, porém, diante do impasse de não se avançar com a pauta de reivindicações, o CNE solicitou a suspensão da rodada de negociação e ficou agendada uma outra rodada de negociação para o próximo dia 03 de junho, sexta-feira.

Após a conclusão da reunião de sexta-feira, realizaremos as assembleias para deliberar a proposta que será apresentada pela Eletrobras.