Na manhã desta quinta-feira (20), os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte da base Brasília aprovaram, durante assembleia geral, a adesão à greve por tempo indeterminado iniciada pela categoria de Furnas, Cepel e Eletrobras no dia 17 de dezembro.

Com 84% de aprovação, os eletricitários vão dar início à greve na próxima segunda-feira, (24). O movimento grevista tem como objetivo barrar alterações nos planos de saúde dos eletricitários, assegurar uma resposta ao pagamento da Participação nos Lucros e Resultados dos anos de 2017 (Eletronorte), 2018 e 2021 (ambas da Eletrobras), por isonomia salarial (7 steps Amazonas), por melhores condições de trabalho, contra as escalas abusivas, contra a diminuição do valor diárias de viagem e devido a ausência de testes de Covid na empresa.

Resultado da votação para adesão ao movimento grevista.

Na assembleia, os dirigentes do STIU-DF ressaltaram que o governo federal está tentando a todo custo viabilizar a venda da estatal, deixando de lado todo e qualquer bem-estar social e econômico dos trabalhadores e, diante da situação, a única alternativa para garantir a manutenção de uma empresa forte, eficiente e viável e, além dos empregos da categoria é a adesão à greve por tempo indeterminado.

Canal de Denúncias

O STIU-DF informou que abriu um canal de denúncias para os trabalhadores e trabalhadoras caso sejam vítimas de constrangimentos, assédio moral ou qualquer tipo de pressão para inviabilizar a adesão à greve. Para acessar o canal, basta clicar no link https://salveaenergia.com.br/escuta-digital/.

Ato em defesa da Eletrobras

Categoria realiza ato na sede da Eletronorte em Brasília.

Ainda na manhã de hoje, os eletricitários e eletricitárias realizaram um ato público contra a privatização da Eletrobras. Com faixas e um balão inflável em forma de lâmpada que denuncia a alta nos preços da energia, caso a entrega da estatal seja concretizada.

No ato, a deputada Erika Kokay (PT-DF) criticou o projeto de desmonte do setor elétrico brasileiro e reafirmou o compromisso em defesa da maior estatal elétrica da América Latina.

Durante a atividade, os dirigentes sindicais denunciaram também as várias irregularidades no processo de privatização da empresa e alertaram que a medida traz impactos nefastos para o país, à população e a categoria eletricitária.

Dentre os impactos está a perda da segurança energética e soberania nacional, precarização dos serviços prestados, aumentos abusivos na conta de luz, demissão em massa e, consequentemente, aumento da desigualdade social.

Juntos somos mais fortes!