Os trabalhadores da Companhia Energética de Brasília (CEB) decidiram pela continuidade da greve, iniciada em 1º de dezembro de 2020. A definição ocorreu durante Assembleia realizada na manhã desta terça-feira (8/12), em Brasília (DF).

A votação absoluta pela continuidade da greve é resultado da rejeição da proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), construída no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª, depois de audiência de conciliação que ocorreu ontem (7/12). Grevistas e CEB não chegaram a um acordo.

De acordo com os dirigentes do Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal (STIU-DF), a nova redação da cláusula 47º do ACT retira o direito de estabilidade dos funcionários, além de outros direitos fundamentais, como indenizações por morte e invalidez. Por essa razão, o movimento grevista segue, por tempo indeterminado. “A greve é legal, e pode continuar sem nenhum percalço, até novo julgamento”, esclareceu o diretor do STIU-DF, José Edmilson.

O STIU-DF e os trabalhadores da CEB submeteram à decisão ao TRT e querem continuar a negociação com a CEB para buscar uma solução viável para a categoria.

Na última sexta-feira (4/12), a pedido do presidente do TRT, desembargador Brasilino Santos Ramos, e do Ministério Público do Trabalho, os trabalhadores suspenderam a greve até 7 de dezembro, para negociações e construção da nova proposta de ACT. O retorno do movimento grevista, para o dia de hoje, estava previsto, quando foi instaurado o dissídio de greve.