Nesta sexta-feira, 20, os trabalhadores e trabalhadores da CEB reunidos em assembleia se manifestaram pela deliberação de um movimento grevista em resposta à intransigência da direção da empresa na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, bem como pelo processo de privatização da distribuidora de energia.

Na abertura da atividade, os participantes homenagearam o trabalhador da CEB, Ricardo Gomes Lamounier, que faleceu no dia 15 passado enquanto executava um serviço na rede elétrica.

Representantes de movimentos populares, centrais sindicais e partidos políticos também participaram da assembleia e se solidarizaram com a categoria que está enfrentando uma forte ofensiva da direção da empresa em relação à campanha salarial e reafirmaram ainda o apoio em defesa da CEB pública.

Para o diretor do STIU-DF, João Carlos, a campanha salarial da categoria tem como centralidade a manutenção integral do acordo coletivo de trabalho, a empregabilidade e a estabilidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras. No entanto, a direção da CEB tem atuado para retirar dezenas de cláusulas do acordo da categoria, além de criar mecanismos para a demissão de profissionais da empresa.

O presidente da CUT, Rodrigo Rodrigues, ressaltou que a Central se soma a agenda em defesa de um acordo justo para os cebianos e contra o desmonte da CEB. “Não podemos permitir que o os direitos do acordo coletivo sejam negociadom com a entrega da CEB à privatização. Não vamos deixar DF virar um Amapá”, afirmou.

O ativista Thiago Ávila destacou que o governador, “no pior momento da vida das pessoas, numa pandemia mundial e em uma crise econômica do sistema capitalista que esmaga o pobre para beneficiar os que estão no topo da pirâmide, tem o plano de explorar mais ainda o trabalhador e vender a cidade inteira para esconder tudo o que há de errado com o governo dele, numa gestão que privilegiou os ricos e abandonou os pobres. Ele pensa a cidade como objeto de lucro”, disse.

Os trabalhadores que se manifestaram defenderam a urgente realização de uma greve. Assim, a categoria aprovou a realização de uma nova assembleia na próxima quarta-feira, dia 25, na qual será deliberado a realização de um movimento grevista que pode começar no dia primeiro de dezembro.

Estiveram presentes na atividade representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Unidade Popular, Sindicato dos Bancários, gabinete da deputada Arlete Sampaio, entre outras entidades.