O jornalista Luis Nassif aponta que o sistema político do Brasil foi destruído e que “há uma ameaça latente ao futuro do país como Nação” em sua coluna no portal GGN. “Há um avanço sistemática das organizações criminosas, controlando espaços cada vez maiores do território. As disputas não são mais entre poder formal e organizações, mas guerras entre elas. Sem a estruturação formal dos partidos, aumenta a influência deletéria de grupos setoriais, como os neopentecostais, ruralistas, mercado. E, a cada dia que passa, o Estado construído pós-Constituição vai sendo desmontado, sob a lógica exclusiva de benefícios a grupos específicos”, escreve.

O jornalista afirma que “os grupos de interesse que se apossaram do governo” são mascarados por “visões ideológicas” que soterraram políticas científicas e tecnológicas, instituições de ensino, sistemas de saúde e educação inclusiva. “Na ponta, Supremo se apropria de funções legislativas, o Congresso se perde sem uma voz de comando, órgãos de controle assumem cada vez mais funções policialescas. Sem o papel coordenador de uma liderança, sem o conjunto articulado de ideias de um partido, cada instituição, cada ator vai abrindo espaço a cotoveladas, desmontando qualquer ideia de disciplina institucional”, acrescenta.

Nassif concluiu que “essa loucura autodestrutiva” também foi registrada no final da ditadura militar, quando “o sistema bipartidário desmoronava, a herança militar legara um país quebrado, com hiperinflação, moratória; a miséria era avassaladora e visível nos semáforos das grandes cidades, no campo, no interior quebrado”.

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