Em reunião realizada ontem, 27, o STIU-DF deixou claro à diretoria da CEB que a luta contra a privatização será levada até as últimas consequências, e que nenhuma prática intimidatória ou antissindical irá parar o Sindicato e os trabalhadores.

Em novembro de 2019, o diretor de benefícios da Faceb, eleito pela categoria, foi afastado do cargo pelo Conselho Deliberativo com voto de minerva de sua presidente, indicada pela CEB, e do próprio diretor de engenharia da empresa, que estranhamente compõe aquele colegiado. A justificativa foi absurda: aplicar a penalidade de suspensão prevista em processo administrativo da Previc que sequer transitou em julgado e sem a exigida notificação da referida autarquia. Para o STIU-DF, não há dúvida de que se trata de uma clara perseguição aos dirigentes sindicais devido à luta contra a privatização da CEB.

Outro ponto que evidencia a tentativa de intimidar os sindicalistas é o processo de sindicância que apura os fatos ocorridos em 05/02/2019 no COD (Centro de Operação de Distribuição), quando dirigentes sindicais, dentro do que prevê o ACT, dialogavam com os trabalhadores da área sobre as consequências, para o plano de saúde, do arbítrio cometido pelo presidente da FACEB ao demitir nove empregados e acabar com a Central de Atendimento. Apesar do referido processo já ter sido arquivado duas vezes pela Comissão de Sindicância, a diretoria da CEB, em evidente prática antissindical, não aceita o encerramento do processo, mesmo os fatos tendo sido elucidados pela referida comissão.

Ainda sobre esse fato, é bom que se registre mais uma vez  o aparato de repressão que a diretoria da CEB montou no dia seguinte,  ao acionar policiais civis armados com metralhadoras e escopetas para intimidar e ameaçar trabalhadores e sindicalistas, prática repetida na data-base.

A privatização da CEB, almejada pela atual direção da empresa e pelo próprio GDF, encontra na firme atuação do Sindicato e da categoria o seu maior obstáculo. Ibaneis e seus auxiliares já perceberam que não será fácil aplicar esse golpe contra a população do DF, pois aqui há um Sindicato de luta, que vem trabalhando diuturnamente para esclarecer à classe política e a população do DF sobre os prejuízos que resultarão de uma eventual desestatização da companhia há exemplo do que ocorreu nos estados de Goiás, Piauí, Rondônia, dentre outros.

A CEB Distribuição já se encontra no caminho certo, graças ao empenho e compromisso de seu corpo técnico, do conjunto dos trabalhadores e, sua viabilidade enquanto empresa pública está mais do que comprovada. Não haverá abertura de processo de caducidade pela Aneel, muito menos a obrigatoriedade de transferência de controle. Está ficando cada vez mais claro que a privatização da CEB não passa de uma decisão política equivocada, sustentada no lobby de grupos de interesse dentro do GDF.

Neste sentido, o STIU-DF avisa: nenhuma tentativa de intimidar ou calar os dirigentes sindicais vai prosperar! A luta contra a privatização da CEB vai seguir firme e ainda mais intensa. A categoria urbanitária não permitirá que a política entreguista do governo Ibaneis, o oportunismo de grupos e as negociatas prevaleçam sobre o interesse público e o direito da população do DF à energia elétrica barata e de qualidade!   

Não à privatização da CEB!

Não à perseguição de trabalhadores e sindicalistas!

Fora privatistas!

#EmdefesadaCEBPública

#Energianãoémercadoria