O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) receberá da CEB Holding R$ 2,4 milhões para estruturar o projeto de privatização da subsidiária CEB Distribuição. A esse montante será acrescido 0,2% do valor líquido apurado na venda da empresa, caso a alienação seja concluída. Em caso de insucesso na privatização, o banco receberá R$ 1,5 milhão, de acordo com contrato firmado.

Apesar da derrota no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acerca do pedido de suspensão do projeto de licitação promovido pelo BNDES, o Sindicato dos Urbanitários (Stiu) tomará novas medidas. Segundo o diretor da entidade, João Carlos Dias, o Stiu atuará em duas frentes. Na esfera jurídica será questionado o processo de contratação do BNDES quanto à transparência e publicidade; na área política, o Stiu participará de audiência pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal no dia 10 de fevereiro para mostrar aos parlamentares a saúde técnica e financeira da empresa. “Nós vamos mostrar que a CEB cumpriu os requisitos do contrato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que continuamos dentro dos parâmetros técnicos e que o prejuízo de 2018 foi revertido no resultado positivo de 2019”, adiantou Dias.

Segundo o representante do Stiu, a CEB Distribuidora está gerando fluxo de caixa, ou seja, resolvendo suas obrigações e gerando recursos. Outro ponto favorável para a empresa, de acordo com Dias, é a instalação de medidores de energia na região administrativa de Arniqueiras. Até hoje, a localidade é abastecida de forma clandestina.

Na reunião na Câmara Legislativa o STIU também proporá aos deputados a mudança na legislação que estabelece prazo para o corte de energia, em caso de inadimplência, que hoje é de trinta dias, excluídos os finais de semana.

Dois consórcios

Sob a gestão do BNDES, o consórcio BR/LMDM Power, formado pelas empresas BR Partners Assessoria Financeira LTDA e LMDM Consultoria LTDA, e o Nova CEB, liderado pelo Banco Plural S.A e composto pela sociedade de advogados Almeida , Rotemberg e Boscoli e a consultoria Thymos Energia, Engenharia e Consultoria LTDA, elaboram o projeto de avaliação da CEB . O primeiro grupo ficará responsável pela avaliação econômico-financeira da CEB Distribuidora, enquanto o outro consórcio, além de participar da avaliação econômico-financeira, cuidará da análise em âmbito jurídico, contábil e técnico.

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