IELN

A paralisação de 48h dos trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte, nos dias 24 e 25 de maio, impôs à empresa um esforço concentrado no sentido de encontrar os eventuais erros na distribuição da PLR, além do compromisso de corrigi-los e apresentar explicações. Apesar de ter havido um aumento do montante distribuído este ano de quase 10% em relação ao do ano passado, a empresa informou que, dos 3700 trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte, cerca de 800 receberam valor menor que do ano passado.
Depois de vários dias debruçada nesta tarefa, a diretoria da empresa disse aos dirigentes sindicais não ter encontrado nenhum erro de aplicação da metodologia; apenas identificou alguns erros pontuais, que serão corrigidos. Na CI 017/2010, de 31 de maio de 2010, a GSP comunicou aos trabalhadores e trabalhadoras que o valor creditado em 6 de maio de 2010 foi um adiantamento da PLR 2009 e se coloca à disposição para dar os esclarecimentos julgados necessários a cada trabalhador e trabalhadora que procurar a GSPP. Esse comunicado da Eletronorte deixou todos às cegas, não trazendo as explicações prometidas.
Esse episódio, bem como o que ocorreu no ano passado, deixa muito mais claro para a diretoria da empresa, e para todos nós, que a metodologia adotada até hoje privilegia sobremaneira os altos salários, e não só, mas reproduz e amplifica as diferenças salariais na hora da distribuição da PLR. Ao separar uma folha para ser distribuída proporcionalmente, e distribuindo o restante (quase sempre menos que uma folha), 60% linearmente e 40% proporcionalmente aos salários, no final das contas, a distribuição se torna 70% (ou mais) proporcional e 30% (ou menos) linear. Certamente aí reside a real causa da inacreditável redução da distribuição para algumas pessoas. Outro problema é o limitador – conseguimos um avanço ao aumentá-lo de 3,5 para 4 remunerações, melhorando um pouco a situação dos mais baixos salários, porém, qualquer que seja seu valor, ele atenta contra a transparência que deve haver num processo como esse. Com base em quais números pode-se acreditar que os cálculos estão corretos, se somente a empresa tem condições de verificar sua exatidão? Isso põe em cheque a credibilidade da própria diretoria da empresa.
Assim, a atual metodologia, além de ser de complicada execução, gerando erros ano após ano (quem vai esquecer os descontos do ano passado, que deixaram alguns trabalhadores com contracheque nulo por até três meses?), é injusta e maximiza as diferenças salariais. Simplesmente por provar ser, essa, uma péssima metodologia de distribuição da PLR, os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte exigem uma forma mais justa e transparente, além de uma auditoria de todo o processo.
Entendemos que a distribuição linear da PLR é a única maneira de fazer justiça ao esforço coletivo de todos os trabalhadores e trabalhadoras em busca do cumprimento das metas da empresa e, conseqüente, do crescimento e fortalecimento da Eletronorte. A forma de distribuição expressa em nossa pauta nacional de reivindicações (50% linear e 50% proporcional, sem limitadores) já é um passo nesse sentido, além de permitir a unificação de um benefício em torno do que já é praticado por uma empresa co-irmã do setor. Se as empresas negarem esse ponto de pauta, com que argumentos defenderão a unificação do Sistema Eletrobras? Com que instrumentos conseguirão garantir a transparência na distribuição da PLR? Com que credibilidade dialogarão com os trabalhadores e trabalhadoras?
Com a palavra, a Diretoria da Eletronorte.

 

3ª rodada de negociação da pauta nacional

O Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE está em Brasília para a terceira rodada de negociação da pauta nacional, que ocorre nos dias 1º e 2 de junho. A expectativa para esta rodada é que a Eletrobras apresente o percentual de ganho real, o abono salarial, a gratificação de férias, unificação de valores entre geradoras e distribuidoras, e as demais cláusulas que estão em “reanálise” por parte da Holding. Para acompanhar a rodada de negociação nacional, e a negociação especifica, que iniciará em breve, tenha em mãos o Jornal das Pautas de Reivindicações disponibilizado pelo SINDINORTE.

 

Processo Curva Tamburello

Nesta quarta-feira (02/06), a partir das 14 horas, deverá ser julgado no Tribunal Regional do Trabalho de Brasília (10ª Região) o recurso (agravo) interposto pela União, contra decisão da Desembargadora Maria Regina, que indeferiu o ingresso da União como assistente da Eletronorte nos autos da Ação Cautelar, cujo objetivo nesta cautelar é a suspensão da execução do processo da Curva Tamburello. Mesmo não havendo fato novo, nossos advogados já produziram dois memoriais para distribuir aos desembargadores do TRT, um para o julgamento da ação cautelar, já entregue, e outro para o julgamento da ação rescisória, a ser entregue no momento oportuno. Amanhã, o Sindinorte, juntamente com seu corpo jurídico, estará a postos.


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