A Intersindical ONS gostaria de saudar os novos diretores de Operação e de Assuntos Corporativos que tomaram posse no último dia 24 de maio, com a esperança de que práticas antissindicais passadas sejam definitivamente abolidas na empresa. Todos aguardavam com grande ansiedade esse processo de renovação legal e institucional da governança do ONS, fruto da luta das entidades sindicais junto ao Governo Lula em 2004, na qual buscava-se oxigenar e evitar e/ou minimizar a perpetuação de feudos nesta nova empresa, em que o seu corpo técnico especializado é o seu maior patrimônio.
A representação dos trabalhadores aproveita esta oportunidade para solicitar mais uma vez à diretoria do ONS agilidade nas respostas às demandas pendentes discutidas na primeira reunião de acompanhamento do ACT, realizada em 2 de fevereiro último, reiteradas a seguir:
1. Metodologia de cálculo da produtividade/política de mérito
A empresa, na última data-base, reconheceu e premiou o trabalho em equipe; porém, para que isso venha a fazer parte de sua política de RH, o ONS contratou um estudo junto à UFRJ que deverá estar concluído até agosto de 2010. A empresa deveria ter apresentado o andamento do estudo na reunião de acompanhamento do ACT que estava prevista para a última semana de abril, mas que foi adiada.
A Intersindical cobrou avanços no que diz respeito à verba prevista para a concessão do mérito, bem como para concessão da produtividade (trabalho em equipe), visto que o novo orçamento foi elaborado nos meses de março e abril de 2010.
2. Performance Organizacional para 2010 X Orçamento do ONS
Em nossa carta-compromisso, a empresa se compromete a buscar avanços na premiação da PO 2010. Diante da elaboração do novo orçamento, nos meses de março e abril de 2010, a Intersindical espera criatividade da diretoria do ONS para obter esses avanços junto ao seu Conselho de Administração e à Aneel, de modo que o valor disponibilizado para concessão chegue a duas remunerações.
3. Novo regimento do Comitê Gestor do Plano CD-ONS e convocação para eleição dos representantes dos trabalhadores
O novo regimento sofreu alguns atrasos devido ao blecaute e à aprovação do Novo Plano CD-ONS somente no mês de janeiro de 2010, mas está com a diretoria do ONS desde o início de fevereiro para ser apreciado na sua próxima reunião. A Intersindical espera que seja incorporada uma boa parte das sugestões encaminhadas pelos trabalhadores por meio dos sindicatos.
A empresa pretendia, na primeira quinzena de março, convocar a eleição dos representantes dos trabalhadores, além de implantar o novo Comitê Gestor, mas isso até agora não ocorreu.
A Intersindical convoca e espera o engajamento de todos os trabalhadores nesse processo, inclusive colocando seus nomes como candidatos nas diversas bases do ONS para ocuparem uma vaga no novo Comitê Gestor.
4. Aprimoramento da gestão de saúde no ONS, plano de saúde/recebedores de benefícios do INSS etc.
O ONS informou sobre a contratação, em dezembro último, da consultoria Milliman para fazer os estudos atuariais. Informou ainda que está adotando medidas com o intuito de viabilizar a saúde econômica da apólice, tais como buscar a redução da sinistralidade anual com monitoramento semestral e a redução nos custos e nas correções desses planos. Segundo os representantes do ONS esses estudos estarão concluídos até o final de março de 2010. A empresa deveria ter apresentado os resultados do estudo na reunião de acompanhamento do ACT que estava prevista para a última semana de abril, mas que foi adiada.
5. PGCR 2010: reivindicação do 3.º quartil do mercado para todos e equiparação dos técnicos
A Intersindical solicitou novamente a reavaliação da atual política salarial do ONS, que privilegia alguns profissionais em detrimento de outros. A empresa mais uma vez condicionou tal situação aos ditames do mercado e da Hay. Os trabalhadores e a Intersindical não concordam com esta argumentação simplista.
Trabalhadores do ONS rejeitam atual política de RH
O resultado da última pesquisa contratada pelo ONS junto à GTPW, com quase 600 trabalhadores, veio corroborar com tudo o que a Intersindical tem apontado nos últimos anos, a saber: uma grande insatisfação devido à baixa credibilidade dos trabalhadores em relação a essa política meritocrática, tendo em vista a falta de transparência nos processos de promoção e concessão de mérito; ausência de enquadramento salarial em estepes em vez de faixas contínuas; falta de democracia em algumas gerências (práticas antissindicais) e uma política salarial diferenciada que privilegia alguns em detrimento de outros.
A Intersindical e os trabalhadores esperam que esta nova composição da diretoria do ONS ilumine nossa empresa, que tem tudo ao seu alcance para se tornar um paradigma importante do setor elétrico brasileiro.
Sindicatos e Aeel cobram informações ao presidente do CDE da Eletros
Recente notícia do Monitor Mercantil intitulada “Bolsa sobe e Fundação tem prejuízo” refere-se a uma operação de hedge no mercado de ações que teria gerado prejuízo de R$ 60 milhões nos investimentos da Eletros. Segundo a matéria, o Conselho Deliberativo da Eletros criou uma comissão com três dos seus seis conselheiros para examinar o negócio.
A reposta apresentada pelo CDE no site da Eletros não esclarece detalhes sobre o tamanho do prejuízo em reais causado por essa inoperância de vários meses. Vejam trecho a seguir:
“Ao longo do período, a equipe acompanhou atentamente o comportamento da fence e após agosto de 2009, diante de uma persistente alta na bolsa de valores, discutiu internamente a possibilidade de desfazê-la. Foi elaborada e aprovada pelos Comitês uma proposta nesse sentido, que, no entanto, não foi implementada porque uma de suas premissas não se materializou. Em consequência, a operação foi levada ao vencimento em 16 de dezembro, ocasião em que o IBOVESPA registrava 69 mil pontos, o que gerou uma rentabilidade dos Planos inferior à que seria sem a fence, mas atingiu as metas previstas na política de investimentos de 2009.”
Conclusão: Metas ruins são fáceis de ser cumpridas!!!!!!!
Cadê os nossos Comitês Gestores????