MAB: Jornada de Lutas marca quatro anos do crime em Mariana e um ano em Brumadinho

O Movimento dos Atingidos por Barragens lança hoje a Jornada de Lutas dos Atingidos “A Vale Destrói O Povo Constrói”, na intenção de denunciar os crimes da Vale/Samarco/BHPBilinton em Mariana e Brumadinho.

No dia 5 de novembro completam quatro anos do crime na bacia do rio Doce, e no dia 25 de janeiro, um ano do crime no rio Paraopeba. O rompimento das barragens de Fundão e Córrego do Feijão deixaram, em Mariana, 20 mortos, e em Brumadinho, 272. São 292 vítimas fatais da negligência de empresas multinacionais que colocam o lucro acima da vida, e mais incontáveis vítimas e atingidos ao longo das bacias que ainda hoje vivem contaminados, com doenças físicas e psicológicas, sem água, sem trabalho, sem sustento, sem lazer e sem casa.

Os crimes ultrapassaram as barreiras do estado de Minas Gerais e atingiu também o estado do Espírito Santo, chegando ao mar. Por isso, essa jornada conta com a luta de dois estados atingidos com a morte do rio Doce. São comunidades, ribeirinhos, quilombolas, índios, pescadores, garimpeiros, camaroeiros e banhistas em luta pelo direito a vida, pelo direito a água e energia.

A Jornada de Luta dos Atingidos “A Vale Destrói O Povo Constrói”, vai de outubro à janeiro marcando quatro meses de luta contra a lama. A programação de luta acontecerá em Minas Gerais e no Espírito Santo, lembrando a vivência do povo interrompida pela empresa Vale. O ponto alto será a construção de uma casa, para mostrar que as casas que a Fundação Renova, nesses quatro anos, não entregou para os atingidos em Mariana, será construída pelo povo, como símbolo de luta e resistência a essa violação de direitos.

É pela vida, pelo meio ambiente, pela água e pelo povo! O LUCRO NÃO VALE A VIDA!

Via Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB