O Coletivo Nacional dos Eletricitários tem alertado para os impactos advindos da possível privatização do Sistema Eletrobras proposta pelo Governo Federal. O aumento da tarifa de energia é um impacto direto e um ataque aos brasileiros e brasileiras. A privatização das distribuidoras federalizadas é uma prova de que não há diminuição da tarifa quando se trata de privatizar um setor estratégico, que apresenta características de monopólio natural.

Os aumentos de energia nos estados recém privatizados chegam a 25%, como é o caso da CERON privatizada em 30 de agosto deste ano. Além disso, a proposta de descotizar as usinas do Sistema Eletrobras aumenta automaticamente a conta para o consumidor, seja este residencial, industrial, do campo ou da cidade.

O envio do PL que prevê a privatização do Sistema Eletrobras é caminhar na contramão mundial que tem reestatizado diversos segmentos, entre eles, o da eletricidade, pois o setor privado não conseguiu acompanhar a demanda por investimentos. No Brasil, as grandes obras estruturantes contam com a participação das empresas do Sistema Eletrobras. Que além de garantir o conhecimento técnico, são as garantidoras dos financiamentos para a construção das obras.

Quando o Governo Federal utiliza informações inverídicas dos fatos, demonstra que a intenção de privatizar a maior empresa de energia da América Latina não é uma decisão de nação. Mas uma decisão ideológica, com influência direta do mercado financeiro que pretende explorar ao máximo os benefícios de adquirir uma empresa robusta, que no último ano apresentou um lucro de R$ 13,3 bilhões, e que, após um processo de reestruturação (que ainda está em implantação) possui todas as condições de realizar investimentos para subsidiar novas obras.

O CNE repudia o fato de que o compromisso assumido pelo presidente Jair Bolsonaro durante o processo eleitoral tenha sido palavras ao vento, propondo entregar uma empresa estratégica ao crescimento do Brasil ao capital privado e estrangeiro.

#SePrivatizarAEletrobrasSuaContadeLuzVaiAumentar

Veja o boletim do CNE: Privatização – país sério nenhum faz isso