Além de propor ações unitárias para garantir os empregos e direitos, trabalhadores também vão planejar ações de enfrentamento em defesa da soberania no país e da permanência destas empresas como públicas.

A CUT organiza na próxima quinta-feira (5), na sede do Sindicato dos Bancários de Brasília, uma Plenária Nacional Sindical contra as privatizações. O objeto do evento é pensar e propor ações unitárias para garantir os empregos e direitos e também planejar ações de enfrentamento em defesa da soberania no país e da permanência destas empresas como públicas.

O governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciou recentemente uma lista de 17 estatais que já estão à venda. A proposta é que empresas públicas como os Correios, Petrobras, Eletrobrás, Telebrás e mais empresas de tecnologia, comunicação, administração de portos, transporte ferroviário e centrais de abastecimento sejam vendidas para a iniciativa privada.

A entrega das riquezas brasileiras compromete o desenvolvimento do país e os empregos de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, mas a classe trabalhadora prepara a resistência.

Na avaliação dos representantes dos trabalhadores e trabalhadoras das empresas previstas para serem privatizadas, a medida vai encarecer o valor das tarifas bancárias e os preços da energia elétrica, do gás, da gasolina, do diesel e do serviço postal e outros prejuízos para o Brasil e para os brasileiros. Um deles é o aumento no número de desempregados, que vem batendo recordes. Outro é a entrega de empresas estratégicas para o país para o mercado internacional, colocando em risco a soberania nacional.

“A plenária é uma ação de organização dos trabalhadores para impedir que o governo venda as estatais para pagar dívidas, como as que contraíram com os parlamentares para votar a favor das reformas contra a classe trabalhadora”, denúncia o presidente da CUT, Vagner Freitas.

A atividade sindical em Brasília vai reunir trabalhadores dos serviços públicos e de empresas estatais de todo país, os principais atingidos pela política entreguista de Bolsonaro.

Para o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, que é petroleiro, as privatizações do Bolsonaro são os maiores ataques ao patrimônio do povo brasileiro da história depois das perdas com as privatizações da década de 1990, comandadas pelos ex-presidentes Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.

Segundo ele, naquela época se prometia que com a venda das empresas públicas o Brasil pagaria sua dívida externa e isso nunca aconteceu.

“A dívida só aumentou e o patrimônio virou pó. A Companhia como Vale do Rio Doce e a Telefônica, entre outras, foram entregues a preços de banana. E a população está atenta a isso. Então cabe a CUT e seus sindicatos iniciarem uma grande luta contra esta nova tentativa de entregar o patrimônio do povo brasileiro”, afirmou o dirigente.

Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, “é fundamental que a CUT, que representa a maioria dos trabalhadores destas empresas e é a maior central sindical do Brasil e a quinta do mundo, organize esta plenária para pensar o que fazer e articular as ações de luta e resistência destes setores”.

Já para o diretor Executivo da CUT, Milton Rezende, este governo bate continência para os Estados Unidos e não pensa na vida e no trabalho da classe trabalhadora.

“Este governo está desmontando tudo, a segurança, a saúde e a educação pública para depois vender tudo e transformar o Brasil numa colônia dos Estados Unidos. Precisamos conter tudo isso para o bem dos Brasil e dos brasileiros”.

Serviço:

Plenária Sindical Nacional contra as privatizações de Bolsonaro

05 de setembro

Das 9h às 14h

No Sindicato dos Bancários de Brasília, EQS 314/315

CUT Brasil