A empresa italiana Enel, que comprou a empresa pública Celg no governo tucano de Marconi Perillo, pode ter a concessão cassada. As razões seriam o alto valor na conta de luz e o péssimo serviço no setor elétrico prestados à população e setores produtivos após a privatização da estatal de energia, em 2016, por R$ 2,1 bi.

Quem fez o anúncio foi o atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que se reuniu nesta terça-feira (30) com o ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Luiz Eduardo Ramos. Ontem mesmo Caiado também se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para tratar do mesmo assunto.

Segundo o governador, o governo federal já articula a cassação da concessão da empresa italiana, que não estaria apresentando serviços satisfatórios.

No entanto, a ideia não é tornar a empresa pública novamente, mas sim abrir um novo processo de privatização para escolher outra empresa privada.

Mas segundo o dirigente sindical do STIU-DF, João Carlos, os péssimos resultados da privatização no setor elétrico em Goiás não são uma exclusividade da Enel.

“Em outros estados que privatizaram as empresas públicas no setor elétrico as consequências são bem parecidas, com aumentos significativos na conta de luz e serviços insatisfatórios para a população. Podemos citar Alagoas, com o grupo Equatorial, Roraima, com o consórcio Oliveira, Rondônia, com o grupo Energisa, só para citar alguns”, aponta João Carlos.

CEB

O governo do Distrito Federal também tem manifestado interesse em privatizar a CEB. Inclusive, o governador Ibaneis Rocha (MDB) se reuniu com representantes da Enel em 27 de junho, segundo o site Brasil de Fato. Reuniu-se ainda com o presidente do grupo Energisa, Ivam Müller Botelho.

As duas empresas apresentam resultados muito ruins nos estados onde atuam.

Com informações do site da revista Veja