No dia 9 de junho, às 11h, será lançada na Câmara Federal, em Brasília, uma Frente Parlamentar em Defesa de Furnas.
“Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro afirmou que a Eletrobras não seria vendida, já que o sistema energético do país era estratégico. Agora, o governo está tocando a privatização, dizendo que é abertura de capital”, adverte Felipe Araújo, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e da Associação dos Empregados de Furnas (Asef). “Ele joga papéis da Eletrobras no mercado, para que o Estado perca o controle acionário da estatal e, consequentemente, das suas controladas, como Furnas, Eletronorte, Chesf e Eletrosul e CGTE.”
Felipe Araújo observa que Furnas é a maior empresa do sistema Eletrobras, presente em 14 estados e no Distrito Federal, responsável por cerca de 11% da capacidade nacional instalada de geração, 20% das linhas de transmissão e 40% da capacidade de transformação do Brasil, além de ser lucrativa e distribuir dividendos. No ano passado, o lucro líquido de Furnas foi superior a R$ 1 bilhão. Conseguiu sair do déficit em 2016, mesmo renovando concessões importantes a preços abaixo dos praticados pelo mercado privado.
“A ideia de privatização para cortar custos não se mantém de pé numa discussão técnica”, afirma o dirigente. “A discussão, na verdade, que a direção da empresa omite, é baseada na ideologia neoliberal deste governo”, critica.
Fonte: www.sengerj.org.br