O foco da luta contra as privatizações precisa ser a sociedade, uma vez que ela é a verdadeira interessada na não concretização desse processo. É o que defendeu a dirigente sindical do STIU-DF, Fabiola Antezana, durante o lançamento do Fórum da Sociedade Civil em defesa das empresas públicas, que aconteceu nesta terça-feira (18), no Sindicato dos Bancários.

Fabiola destacou que, recentemente, houve uma série de privatizações no setor elétrico. De 2015 até hoje foram privatizadas empresas no Goiás, Acre e Rondônia, sendo elas vendidas para a iniciativa privada por R$ 50 mil, cada uma. Dez meses depois, a conta de luz subiu cerca de 26%, justamente para uma parcela da população mais carente.

“A nossa energia em Brasília é uma das mais baratas do País e contra fatos não há argumentos. Nós comparamos uma casa no DF com uma casa no Amazonas e no Pará, que deveriam ter uma tarifa mais em conta. No entanto, o que constatamos foi que a conta de luz deles é superior de cinco a sete vezes a nossa. Isso, claro, porque a CEB é uma empresa pública e não queremos aqui o que aconteceu nesses outros estados”, aponta Fabiola.

Em relação a outras estatais, Fabiola destacou os benefícios que a população tem em função de serem empresas públicas.

“No BRB, há linhas de crédito mais acessíveis do que em bancos privados. Já o Metrô atende os passageiros com um transporte rápido e acessível. No saneamento básico, temos água de qualidade chegando em nossa casa. Portanto, é a sociedade que precisa entender que é ela a verdadeira beneficiada com os serviços prestados pelos trabalhadores de empresas públicas”, disse.

A dirigente sindical lembrou ainda que o governador Ibaneis Rocha (MDB), durante a campanha, se dirigiu por meio de carta a todos os trabalhadores da CEB, Caesb, BRB e Metrô se comprometendo a não privatizar essas empresas. No entanto, após eleito, descumpriu a promessa.