Quem não luta pelo futuro que quer, tem que aceitar o futuro que vier.
Por isso é dever de todos o engajamento na luta contra a reforma da Previdência.

Nesta sexta-feira (14), as trabalhadoras e trabalhadores da CEB têm um grande compromisso com o seu futuro. Está em jogo o nosso direito de se aposentar com dignidade. Por isso, todas as pessoas que trabalham precisam se mobilizar para mostrar a deputados e senadores a força que temos enquanto classe trabalhadora.

A PEC 06/19, apresentada por Bolsonaro, eleva para 40 anos o tempo de contribuição. As mulheres serão as mais prejudicadas, porque hoje o tempo exigido para elas é de 30 anos e para os homens, 35.

Além disso, o governo Bolsonaro quer instituir a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.

Também pretende acabar com a aposentadoria especial, um direito de quem trabalha expondo a saúde e até mesmo a própria vida. E caso a reforma venha a ser aprovada, todos aqueles que não atingiram os 25 anos de contribuição terão que se aposentar normalmente, pois não será mais possível fazer a conversão de especial para normal.

Deseja ainda acabar com o sistema previdenciário solidário previsto no artigo 194 da Constituição Federal, onde o governo, patrão e trabalhador contribuem para a Previdência Social. No lugar disso, Bolsonaro pretende instituir o regime de capitalização, onde só o trabalhador contribui.

No Chile, país que instituiu o sistema de capitalização na década de 80, a grande maioria da população aposentada recebe menos da metade do salário mínimo. O país amarga ainda a trágica marca de maior incidência de suicídio na América Latina entre idosos com mais de 70 anos.

CEB 10/2019