Em assembleia setorial realizada na manhã desta quinta-feira (21), na sede CEB/SIA, dirigentes sindicais do STIU-DF e trabalhadores da Companhia rechaçaram a ação truculenta do presidente da FACEB, Marco Antônio, em fechar Central de Atendimento e demitir dez trabalhadores da Fundação.

De acordo com o diretor da entidade sindical, João Carlos, com a decisão do presidente da Fundação os participantes estão sendo prejudicados nos atendimentos. Ele ressaltou que o que está em jogo é a defesa do plano de saúde da categoria. “A decisão desse presidente ultrapassou em tudo o que diz respeito às disposições do Estatuto da FACEB, contrariando orientação do próprio Conselho Deliberativo” afirmou.

Para a direção do STIU-DF, a conduta do presidente da FACEB tem como propósito a precarização dos serviços prestados para forçar a categoria a acessar planos de saúde do mercado e, com o saldamento do Plano BD, viabilizar a retirada do provisionamento de R$ 300 milhões do balanço da empresa para facilitar a privatização da Companhia.

A entidade destaca que a defesa do Plano BD é luta de todos os Cebianos e não apenas dos seus beneficiários, uma vez que o desmonte da Fundação trará impactos para todos os participantes.

Privatização da CEB

O STIU-DF em reunião com o governador do DF, Ibaneis Rocha, entregou carta que sintetiza as principais bandeiras e demandas dos eletricitários no Distrito Federal. Dentre elas, o reconhecimento da importância estratégica da CEB no desenvolvimento social e econômico da capital Federal, desta maneira, solicitou o envio à Câmara Legislativa de um projeto de lei complementar, visando garantir a não privatização da CEB e das demais empresas públicas do DF.

No entanto, em encontro com a direção da CEB ficou claro que a nova gestão não possui um projeto de fortalecimento da empresa. Além disso, a preocupação dos dirigentes sindicais com a estatal aumentou, uma vez que o próprio governador declarou que há estudos para privatizar empresas públicas como a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e a Companhia Energética de Brasília (CEB).

“Vamos mostrar mais uma vez a força dos cebianos”, disse um dos dirigentes ao lembrar da tentativa de privatização da CEB pelo ex-governador Rodrigo Rollemberg que recuou com a proposta após varias manifestações.