Reportagem publicada pelo site Metrópoles nesta terça-feira (19) revela que um contrato assinado pela CEB há 13 anos gerou um prejuízo superior a R$ 8 milhões para a empresa, conforme apontaram técnicos do Tribunal de Contas do DF (CTDF). Até hoje ninguém foi punido.

O contrato, que nunca saiu do papel, foi assinado com a OFM Sistema Ltda. O objetivo era modernizar o sistema da CEB para que os consumidores pudessem obter informações na empresa.

Entre os envolvidos está o atual diretor-técnico da CEB Holding, Paulo Afonso Teixeira Machado, único que permanece no comando da empresa a convite do presidente Edson Garcia, que o defendeu da acusação.

Mas de acordo com o TCDF, Paulo Afonso, Augustinho Novak da Rosa e Mauro José Landim dos Santos eram os responsáveis pela execução do contrato.

Conforme o parecer de 2015 do TCDF, os responsáveis estavam cientes das dificuldades para a execução do sistema, mesmo assim não rescindiram o contrato.

“Essa confusão contratual nada mais fez que gerar um dano ao erário, desrespeitando princípios basilares da eficiência, eficácia e economicidade, despendendo recursos para um serviço não disponibilizado em sua totalidade”, aponta o relatório.

Na época, a OFM alegou ao TCDF que a CEB nunca forneceu os dados para a implementação do sistema. Já a Companhia Energética disse que a empresa não entregou o produto contratado.

No ano passado, o Plenário do TCDF rejeitou recurso de prorrogação de prazo para a defesa. A assessoria do Tribunal informou ao Metrópoles que o processo deve ser julgado em breve.