A certeza de que a medida absurda tomada na última terça-feira 5/02, de fechamento da Central de Atendimento do SIA e demissão de dez empregados, não tem qualquer fundamento técnico e suporte em dados idôneos, ficou mais forte ainda após da nota de ontem, 7/02, divulgada pelo atual presidente da FACEB.

Primeiro, ele mente sobre ameaças, tentando se vitimizar para esconder as atrocidades que cometeu, demitindo pessoas com trinta anos de empresa e deixando aposentados e trabalhadores praticamente sem atendimento presencial.

Em outro momento, começa a distorcer os números na Fundação. O déficit de R$ 240 milhões representa 16% das provisões matemáticas, que é a relação mais adequada para caracterizar sua evolução ou declínio. Essa informação, que ilustra a possibilidade de recuperação do plano, foi capciosamente suprimida.

Em relação às despesas do plano dos aposentados e pensionistas, é de se perguntar por que ele utilizou o comparativo dos últimos 22 meses e não dos dois últimos anos. A explicação é simples: o comparativo entre exercícios não ajuda em seu propósito de desacreditar a gestão da Fundação, já que as despesas declinaram em 23% e o plano passou apontar, claramente, para o equilíbrio e sustentabilidade.

Mas a sordidez é maior quando o atual presidente se refere às despesas administrativas assistenciais. Para confundir e turbinar números negativos, ele primeiramente relaciona as despesas administrativas assistenciais, que decorrem da gestão de TODOS os planos de saúde da FACEB, apenas com as despesas assistenciais mensais do plano dos ativos. Quando se faz a relação certa, o próprio dirigente admite na nota que o número cai para 16%. Registre-se que até novembro de 2018, a FACEB estava dentro dos 15%, que é a taxa de eficiência administrativa referenciada pelas operadoras de autogestão. O fato de a média ter oscilado 01 (hum) ponto, certamente decorreu de custos com demissões ocorridas em dezembro/2018. Vale informar, por fim, que as despesas administrativas assistenciais declinaram em mais de 20% no ano passado.

Sobre a Central de Atendimento, a nota do atual presidente aprofunda as distorções e a manipulação de números. Nesta esteira, preferiu mencionar o custo de R$ 1.881 milhão anual para manutenção da Central, ao invés de informar a despesa mensal de R$ 156 mil!! A média de atendimento/dia também é enganosa, pois foi calculada considerando 7 (sete) atendentes, quando na verdade a FACEB tem apenas (três) desses profissionais no quadro. E no afã de tentar explicar seu excesso, omitiu que hoje os participantes e assistidos, muitos idosos e portadores de doenças crônicas, estão praticamente sem atendimento presencial da Fundação e que, caso liguem para solicitar algum benefício, terão que falar com atendentes terceirizados lotados em Belo Horizonte-MG!

A verdade é que, conforme pontuado pelo STIU-DF na reunião com o presidente da CEB realizada na quarta-feira, 6/02, o atual presidente da FACEB, no alto de sua truculência, atropelou tudo, inclusive os estudos em trâmite na Fundação e normativos da entidade.

Os trabalhadores e aposentados da CEB não aceitarão esses desmandos!

Pela revogação das demissões!

Pela reabertura da Central de Atendimento!

Em defesa dos planos de saúde e previdência!

Fora Marco Antônio!

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