Com a ameaça de uma reforma da Previdência, ainda pior que a proposta por Temer, caminhando a passos largos, CUT e demais centrais reuniram-se na terça (15) para reafirmarem sua oposição a qualquer iniciativa que precarize o importante papel da Previdência Social Pública para a classe trabalhadora. No encontro, realizado em São Paulo, foram definidos encaminhamentos para a construção de um plano de luta conjunto e uma plenária nacional para 20 de fevereiro.

A ideia é que seja construída uma agenda de mobilização nos estados, onde se amplie ainda mais o debate junto à base e, assim, reforce a resistência da classe trabalhadora contra as insvestidas do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, que incluem, entre outras atrocidades, o aumento da idade mínima e a capitalização de Previdência.

“Os sindicatos devem construir essa resistência através do dialogo com os trabalhadores e a sociedade. Dessa forma, vamos construir a organização da luta”, encaminhou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Para o dirigente, o que está assinalado é o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros e brasileiras. “E isso nós não podemos permitir. Por isso é importante dialogar também com todos os setores da sociedade. E as mobilizações do Dia Internacional da Mulher e do Dia do Trabalhador são fundamentais para estabelecer esse diálogo”, disse.

A proposta do regime de capitalização da Previdência, que Bolsonaro quer adotar no Brasil, é o mesmo que vigora no Chile há 40 anos. O resultado foi um empobrecimento e o aumento da miséria dos idosos Chilenos, como lembrou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

Segundo ele, no modelo de capitalização, cada trabalhador ou trabalhadora, tem quem fazer uma poupança própria, depositando todos os meses em um conta individual, que será administrada por bancos ou Administradoras de Fundos de Pensão que, conseguinte, investirão no mercado financeiro.

Trocando em miúdos, isso significa que o valor da aposentadoria de cada um, dependerá da conta individual que ele manter, sem contribuição alguma de empresários ou do governo.

“No final, a experiência mostra que o valor dos benefícios serão rebaixados. Essa proposta de capitalização é uma tragédia para a classe trabalhadora brasileira”, concluiu Sérgio.

 

Confira a íntegra da nota das centrais sindicais

Centrais orientam luta em 2019

Reunidas nesta terça (15), as centrais sindicais (CSB, CTB.CUT, Força Sindical, Nova Central, CSP – Conlutas, Intersindical e CGTB) reafirmaram sua posição contrária a qualquer proposta de reforma que fragilize, desmonte ou reduza o papel da Previdência Social Pública.

Centrais Sindicais Brasileiras decidem:

– Realização de “Plenária Unitária das Centrais em defesa da Previdência e contra o fim da aposentadoria” no dia 20 fevereiro;

– Orientar a realização de plenárias estaduais e assembleias de trabalhadores para construir a mobilização, decidirem formas de luta, greves e paralisações, para enfrentar as propostas do governo e alertar os trabalhadores sobre a nefasta proposta de reforma da Previdência e ataques à aposentadoria;

São Paulo, 15 de janeiro de 2019

Vagner Freitas, Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Adilson Araújo, Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Antônio Neto, Presidente Interino da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

José Calixto Ramos, Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Edson Índio, Secretário Geral da Intersindical

Atnagoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS

Ubiraci Dantas, Presidente da CGTB

Fonte: CUT Brasília com informações da CUT Nacional