A conta de luz no Brasil está entre as mais caras do mundo. No entanto, a maior parte desse lucro não fica com a empresa nem com os trabalhadores. O grande filão são os impostos, aponta o diretor da CEB, Mauro Martinelli, que falou nesta quarta-feira (21) durante reunião do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) no STIU-DF.

Segundo ele, de cada R$ 100 que a CEB arrecada apenas R$ 20 ficam com a empresa. “As distribuidoras acabam sendo quase um banco, pois arrecadam na conta de luz e depois precisam repassar para as empresas de geração, transmissão e para os entes federados os tributos. No fim das contas, muito pouco fica com as distribuidoras”, aponta.

Ainda sim, de acordo com Martinelli, houve muitos avanços na CEB nos últimos anos. Segundo ele, o governo Agnelo fez os maiores investimentos realizados na empresa, enquanto que Rollemberg conseguiu fazer uma administração altamente técnica na empresa.

“Por duas vezes consecutivas a CEB ganhou o prêmio de melhor empresa do Centro-Oeste. Além disso, foi premiada na Argentina por ter tido o melhor desempenho na América Latina”, destaca. “Mas nada disso seria possível se não fosse o grande esforço e desempenho dos trabalhadores e trabalhadoras, que atingiram os indicadores exigidos pela Aneel”, acrescenta.