As trabalhadoras e trabalhadores do ONS rejeitaram a proposta da empresa por não atender, nem de longe, as reivindicações da categoria. Congelamento de reajustes de cláusulas pacificadas que em vez de valorizar a atividade profissional, tem efeito reverso, criando um descontentamento geral.
Enquanto por um lado a empresa propõe reajuste salarial de pouco mais de 4% e, pela 2ª vez, indica o congelamento do auxílio educacional e nada de reajuste no auxílio alimentação, por outro lado as trabalhadoras e trabalhadores terão que arcar com o aumento de 36,64% no plano de saúde no acumulado de 2016 a 2018, conforme gráfico a seguir:
P.S. Bradesco |
Reajuste do P.S. |
Inflação |
2016/2017 | 22,00% | 4,08% |
2017/2018 | 12,00% | 2,76% |
Acumulado | 36,64% | 6,95% |
No caso do auxílio alimentação, a empresa Sodexo fez pesquisa sobre o preço médio da refeição em algumas cidades brasileiras entre meados de novembro e dezembro de 2017 e verificou os seguintes preços:
Cidades | Prato executivo |
Brasília | R$ 56,84 |
Florianópolis | R$ 63,64 |
Recife | R$ 38,29 |
Rio de Janeiro | R$ 44,80 |
Essa política de desvalorização das trabalhadoras e trabalhadores do ONS acaba por comprometer o exercício da atividade profissional na empresa. Pois quem pode trabalhar satisfeito sabendo que a cada mês está ficando mais pobre?
De certo, não é essa política que as trabalhadoras e trabalhadores do ONS querem ver implementadas na empresa. Isso não é bom para quem trabalha, não é bom para a operação do sistema, muito menos para o setor elétrico brasileiro.
Permaneçam atentos e mobilizados, pois no próximo dia 16 de outubro haverá nova rodada de negociação.
Assim foi rejeitada a contraposta do ONS.
Bases Intersindical ONS | Rejeitaram | Aprovaram | Abstenções | Nulos |
Recife | 28 | 9 | 3 | 0 |
Rio de Janeiro | 108 | 146 | 1 | 1 |
Brasília | 33 | 25 | 1 | 1 |
Florianópolis | 4 | 2 | 0 | 0 |
Base FNE/FENTEC Floripa | 23 | 8 | 4 | 0 |
Totalização | 196 | 190 | 9 | 2 |