Mais de 61 milhões de brasileiros ficaram inadimplentes em julho deste ano e não conseguiram pagar as suas contas básicas, como luz, água e gás. As causas são o desemprego e a recessão econômica. É o que revelou a pesquisa do Serasa Experian.

O levantamento apontou que a estagnação econômica está impactando de forma mais drástica nos brasileiros idosos, faixa em que a inadimplência cresceu 10%, quando se compara com julho de 2017.

Segundo a pesquisa, 8,8 milhões de idosos com mais de 61 estão endividados e 34,3% deles se quer conseguiram pagar as suas contas básicas. No mesmo período de 2017 eram 8 milhões de idosos.

Depois das contas básicas, as dívidas em atraso estão ligadas aos bancos e cartões (27,8%), telefonia (10,7%), financeiras (9%), varejo (7,4%) e serviços (6%).

BPC

O número de endividados entre os idosos pode aumentar ainda mais. Isso porque o governo Temer (MDB) pretende fazer cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que atende pessoas com deficiência ou com mais de 65 anos que tenham renda familiar per capita de até 25% (R$ 238,50) do salário mínimo (R$ 954).

O governo está exigindo que todos os beneficiários façam o recadastramento até 31 de dezembro de 2018. Também reduziu, por meio de decreto, para dez dias o prazo para que os idosos ou pessoas com deficiência apresentem suas defesas em caso de corte do benefício por falta de informações.

O decreto determina o bloqueio do benefício mesmo que o INSS não consiga notificar o beneficiário. Somente após o bloqueio, se entrar em contato com o INSS, o beneficiário entenderá o motivo pelo qual teve o benefício bloqueado.

Na regra anterior, o beneficiário, depois de avisado pelos Correios, tinha 10 dias para a defesa. Caso a notificação não se confirmasse por via postal, era preciso fazê-la por edital em jornal de grande circulação. Nesse caso, o beneficiário tinha mais 15 dias para a defesa antes do corte do benefício.

Com informações da CUT Brasil