A Eletrobras vendeu nesta quinta-feira, 30, três distribuidoras de energia localizadas nos estados do Acre (Eletroacre), Rondônia (Ceron) e Roraima (Boa Vista Energia). O leilão aconteceu na antiga BM&F Bovespa, em São Paulo.

A Energisa foi a única a apresentar proposta pela Eletroacre e a Ceron, arrematando as estatais com um índice de deságio de 31% e 21%, respectivamente, sobre a flexibilização das perdas não técnicas e também sobre os recursos da Reserva Global de Reversão (RGR) que a concessionária do Acre teria direito a receber na próxima revisão tarifária. Sem abrir mão da flexibilização tarifária, o consórcio Oliveira Energia apresentou proposta de índice igual a zero pela compra da Boa Vista Energia.

Para a diretora do STIU-DF, Fabiola Latino, a privatização das distribuidoras reabre as portas para o desmonte do setor elétrico estatal. “A entrega das distribuidoras à iniciativa privada coloca a população dos estados em uma situação de vulnerabilidade. É certo o aumento na tarifa de energia e a precarização na prestação do serviço. Basta ver os efeitos da privatização da CELG para a população do Goiás. Além da perda da capacidade técnica, com demissões e a ampliação das terceirizações”.

A dirigente destaca que a decisão da Holding em vender as empresas contraria a proibição de privatizar estatais sem autorização do Congresso, conforme liminar do ministro Ricardo Lewandowski.

*com informações do Valor.